UTI Neonatal: o que dizem as mães
DOI:
https://doi.org/10.22289/2446-922X.V7N1A14Palavras-chave:
Unidade de Terapia Intensiva Neonatal; maternidade; prematuridade.Resumo
O presente estudo tem como objetivo analisar a percepção de mães de bebês pré-termo de muito baixo peso e de extremo baixo peso sobre o processo de internação de seus filhos em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN). Participaram da pesquisa dez mães de recém-nascidos prematuros internados em uma maternidade de referência na execução do Método Canguru, localizada na grande Florianópolis - SC. Os instrumentos utilizados para a coleta de dados foram uma ficha de dados sociodemográficos para traçar o perfil das participantes; e um roteiro de entrevista semiestruturada para explorar alguns desdobramentos sobre a vivência da internação dos filhos em UTIN, dentre eles, o processo gestacional e a hospitalização. Os resultados sugerem que as mães vivenciam uma oscilação de sentimentos motivados pela insegurança e medo, dado as intercorrências clínicas e o quadro de saúde de seus filhos. Ainda, evidenciaram-se que o nascimento de um bebê prematuro ocasiona muitas modificações na vida familiar, principalmente desta mãe que assume o papel de acompanhante do filho na unidade hospitalar, expressando uma necessidade de apoio, visto que, por vezes deixa seus outros filhos sob cuidado de outras pessoas e suas demais atividades. Por fim, ressalta-se a importância da atenção pautada nos princípios da humanização, ou seja, o cuidado não somente aos bebês pré-termos, mas, também a essas mães e famílias que se encontram fragilizadas devido a situação vivida.
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