PROMOVENDO SAÚDE ATRAVÉS DO PSICODRAMA COM IDOSOS
Palavras-chave:
-Resumo
Introdução: O Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), estabelecido dentro da Proteção Básica do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), oferece o Programa Integral à Família (PAIF), objetivando a inserção de serviços da assistência social, como: socioeducativo e de convivência, bem como encaminhamento a outras políticas; Programa de inclusão produtiva e projeto de enfrentamento da pobreza. Uma das assistências oferecidas pelo CRAS é a integração da população idosa. A população de idosos no Brasil tem se elevado sobre a população jovem, onde a população idosa furatamente será predominante. A partir deste cenário torna-se necessário pensar em ações que possibilite promover assistência à saúde e bem-estar desta população, afim de proporcionar um envelhecimento ativo e digno. Para tanto, o psicodrama enquanto método psicoterapêutico que tem como objetivo trabalhar o psiquismo em ação, ao intervir junto a grupo de idosos permite tecer as perdas dos papeis que outrora cumpriam socialmente, e manter os poucos que restam, possibilitando resgatar o sentido da vida. Objetivo: Descrever a aplicabilidade do psicodrama com grupo de idosos do Centro de Referência de Assistência Social, de uma cidade do interior do estado de Minas Gerais, na região do Alto Paranaíba, Brasil. Metodologia: Desse modo, o tratasse de um estudo qualitativo narrativo a partir da experiencia vivenciada com um grupo de psicodrama com idosos no CRAS. O grupo constitui-se por 20 participantes com idade acima de 60 anos, com encontros semanais aos quais ocorreram entre o período de janeiro a maio de 2019. A seleção dos participantes foi aleatória por meio dos inscritos no grupo de ginastica, ressalta-se que 100% dipuseram a participar dos encontros psicodramáticos. Foram realizados em sua totalidade 12 encontros. No primeiro encontro firmou-se o contrato. Nos encontros seguintes abordamos os temas: sentimentos que vivenciaram em 2018 e os que ansiavam sentir e viver em 2019, sonhos alcançados e almejados, o lúdico/brincar onde nos proporcionou muitas dramatizações, relações familiares e a dificuldades de resolver os problemas provindos de relações conjugais, temas transversais com o carnaval e o dia da mulher fortalecendo vínculos com outros usuários do CRAS. Lidamos com as percepções visuais e motoras, que nos mostrou o mundo que a terceira idade enfrenta, seus movimentos de descobertas buscando estabelecer o bem-estar frente as dificuldades. Trabalhamos o tecer da construção do subjetivo e a identidade pessoal, realizou-se uma movimentação saudável que transformou o setting terapêutico frente a frustração. No encontro de encerramento abordamos o tema: destruindo barreiras e plantando sonhos, nome dado para o jardim que o grupo criou na instituição, promovendo saúde social e libertação das mazelas que carregaram até aquele dia. Considerações: Nos primeiros encontros estabelecer a tele, onde o sujeito interage com o outro sem distroções, foi algo angustiante para mim. As demandas trazidas eram de muito valor para os participantes, e o que essa ‘menina’ como eles me chamavam poderia fazer perante as queixas mencionadas. A medida que os encontros foram sendo tecidos nas dramatizações, e as relações se modificando tive a oportunidade de ser chamada por um dos idosos de ‘cacique’. Essas relações proporcionaram a cartasse de interação, ou seja, a junção de conhecimento e percepção que se globaliza e transforma o indivíduo em uma nova pessoa, possibilitando uma atual visão do meio em que está inserido. Percebe-se também que durante as realizações das intervenções de papeis, uma idosa expressa no falar que ela percebeu que naquele momento, ela conseguiu falar e vivenciar coisas ruins que aconteceu, porém que não doiam mais, promovendo assim a capacidade de reagir a situações antigas ou novas de forma adequada e criativas, a partir do Fator E, o que permitiu reconhecer a sastifação individual de cada membro em se restabelecer seu sentido particular para vida.
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