O ACOMPANHAMENTO TERAPÊUTICO (AT) E SUAS POSSIBILIDADES: um estudo de caso
Palavras-chave:
Acompanhamento Terapêutico, Caps AD, Redução de Danos, Clínica AmpliadaResumo
Introdução: O presente trabalho se refere a um estudo de caso realizado sobre atendimentos que ocorreram sob a modalidade terapêutica do Acompanhamento Terapêutico (AT), os atendimentos foram realizados por uma das autoras durante o estágio profissionalizante em AT, ofertado pelo curso de Psicologia da Faculdade Patos de Minas. O caso a ser estudado se trata de um paciente que faz uso prejudicial de álcool e outras drogas, assim sendo, aspira-se que o estudo também comtemple explanações sobre o AT na conduta terapêutica, especificamente, às pessoas que fazem uso prejudicial de substancias psicoativas. As análises perpassarão as particularidades dessa modalidade de intervenção terapêutica que tem como característica central o rompimento com o setting clínico tradicional, extrapola o campo físico do consultório e toma na radicalidade os preceitos da reforma psiquiátrica na busca constante de promoção de autonomia e respeito à singularidade dos sujeitos acompanhados. Foram realizadas analises baseadas na literatura disponível tanto sobre o AT quanto com a relação à reforma psiquiátrica e as políticas de redução de danos. Objetivo: Não é objetivo deste atingir resultados específicos mas a ampliação de formas mais sistematizada os conhecimentos sobre o AT, suas potências e limites, bem como abordar a posição do terapeuta que se propõe a realizar atendimentos como AT. Metodologia: A abordagem metodológica escolhida foi o método cartográfico, visto que este possibilita descrever a experiência vivida pela estagiária. Foram utilizadas vinhetas dos relatórios de atendimentos produzidos pela estagiária, anotações da supervisora, realizadas durante a supervisão, bem como as memórias experienciais de ambas, fazendo valer o registro afetivo e análise do mesmo no exercício do papel de AT. Considerações: Ao relatar as vivências do difícil trabalho de acompanhamento terapêutico neste estudo de caso, tenta-se afirmar a possibilidade de uma política de cuidado, pautados nos preceitos da redução de danos e da cidadania, enquanto direitos humanos para construir uma pratica clínica que se faz potente em edificar saúde e subjetividade. A combinação de redução de danos e acompanhamento terapêutico vem diretamente ao encontro da clínica ampliada ao afirmar a vida, valorizando não mais um padrão comportamental a ser seguido e disseminado pela ciência tradicional, mas uma gama de possibilidades de modos de ser, de territórios existenciais e de relações humanas. Acreditando na potência dos encontros, da afirmação da vida e da promoção de saúde, vê-se como possível a construção de um novo jeito, de novos sujeitos e de uma nova clínica.
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