A IMPORTÂNCIA DO PSICODIAGNÓSTICO NA CONDUÇÃO CLÍNICA: um estudo de caso

Autores

  • Juliana Aparecida de Araújo
  • Delza Ferreira Mendes

Palavras-chave:

Psicodiagnóstico, Avaliação Psicológica, Testes

Resumo

Introdução: O Psicodiagnóstico é uma avaliação psicológica realizada com objetivos clínicos para
identificar as forças e as fraquezas dos indivíduos envolvidos no processo, utilizando de vários
instrumentos de forma a atingir os objetivos, sendo estes: entrevistas, testes, documentos,
observações, etc. Cunha (2000). Objetivo: O presente estudo teve como objetivo apresentar e
descrever os resultados de um estudo de caso que foi elaborado à partir de um processo de
Psicodiagnóstico Clínico, o qual fez parte de uma das práticas do Estágio Profissionalizante
realizado na Clínica-Escola do curso de Psicologia da Faculdade Patos de Minas que tem como
foco a experiência prática do aluno com o paciente, aplicação e correção dos testes utilizados.
Metodologia: A prática de estágio foi realizada sob a orientação de uma professora/psicóloga
responsável, com supervisões semanais para discussão do caso. O processo foi estruturado em 09
sessões sendo divididos da seguinte forma: 02 encontros iniciais com a mãe, sendo o primeiro para
acolhimento e o segundo uma entrevista de anamnese, 04 sessões foram realizadas Hora Lúdica
com a criança no consultório e em ambiente aberto (cantina) e 03 encontros com a criança nos
quais foram aplicados os testes, que possibilitaram observar o comportamento da criança e um
último encontro com a mãe e com a criança para a entrevista devolutiva. Os instrumentos utilizados
foram: aplicação do teste HTP (que avalia aspectos da personalidade e dinâmica familiar, a
aplicação da técnica do Desenho de Família, que avalia aspectos da dinâmica familiar), e aplicação
da escala WASI (faz uma breve avaliação da inteligência). Considerações: Durante o processo foi
possível observar a facilidade da criança em se adaptar a atividade proposta e ao mesmo tempo a
dificuldade na concentração e em seguir regras. No ambiente externo foi percebido acentuada
ansiedade em esperar e em caminhar junto com outras pessoas, sempre muito curioso. Pode-se
observar ainda, o comportamento da criança regredido para sua idade, pensamento fantasioso e
com baixa resistência à frustração, traços de agressividade e impulsividade. Ao final do processo
os dados analisados apontaram a hipótese de Transtorno do Deficit de Atenção e Transtorno de
Ansiedade. Ao finalizar a avaliação foi realizada uma entrevista devolutiva com a mãe e com a
criança para esclarecimentos, orientações e encaminhamentos necessários, tais como: Terapia
Cognitivo-Comportamental; Grupo de orientação aos pais – com o objetivo de adquirir novos
manejos com a criança; acompanhamento psicológico ao pai (pois, a mãe já se encontra em
atendimento); participar de atividade esportiva; continuar com o acompanhamento neurológico e
proporcionar momentos de lazer da criança com os pais. Na devolutiva a mãe relatou que o filho
teve uma mudança de comportamento considerável tanto em casa quanto na escola durante o
processo, confirmando a continuidade do acompanhamento psicológico da criança na clínica e
também que ja iria providenciar as atividades físicas e os momentos de lazer. Concluiu-se que o
processo psicodiagnóstico é extremamente importante, visto a possibilidade que o indivíduo tem de
se beneficiar com os resultados apresentados, pois a partir das orientações e encaminhamentos
poderá receber intervenções mais adequadas que favoreçam seu desenvolvimento, além de
possibilitar aos pais orientações para que possam buscar recursos e novas formas de
enfrentamento do problema que vivenciam. Além disso, foi de extrema valia quanto ao
enriquecimento profissional da estagiária quanto à prática, visto a possibilidade de poder
desempenhar o processo de forma supervisionada.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

-

Downloads

Publicado

10-12-2019

Como Citar

Araújo, J. A. de, & Mendes, D. F. (2019). A IMPORTÂNCIA DO PSICODIAGNÓSTICO NA CONDUÇÃO CLÍNICA: um estudo de caso. Psicologia E Saúde Em Debate, 5(Suppl.2), 74–74. Recuperado de https://psicodebate.dpgpsifpm.com.br/index.php/periodico/article/view/600