A QUESTÃO DA SAÚDE MENTAL DE PACIENTES DERMATOLÓGICOS EM ATENDIMENTO HOSPITALAR
DOI:
https://doi.org/10.22289/2446-922X.V8N1A25Palavras-chave:
Dermatoses, Qualidade de Vida, Intervenção PsicossocialResumo
Delimitando e protegendo a individualidade, a pele é o principal meio de contato do sujeito com o mundo exterior. Conflitos e emoções podem se manifestar através do corpo e da pele, tornando-se visíveis e suscetíveis às reações sociais que muitas vezes são de preconceito e discriminação. O impacto dessas relações pode intensificar sintomas psicossomáticos e desencadear comorbidades como ansiedade e depressão, interferindo diretamente na qualidade de vida dos pacientes dermatológicos. Mesmo que as manifestações dermatológicas não sejam desencadeadas por fatores psíquicos, podem ser agravadas por estes, alterando a resposta do organismo a tratamentos. Há que se considerar ainda, que algumas doenças podem resultar da pobreza e prevalecer nestas condições, ou ainda gerar pobreza, colaborando para a manutenção da desigualdade social. Uma revisão bibliográfica foi realizada com o intuito de compreender o impacto psicológico das dermatoses na qualidade de vida dos acometidos. Considerando o cuidado que estes pacientes devem receber para que tenham uma melhora em sua relação consigo e com o meio social, contribuindo para a melhoria da sua qualidade de vida, a revisão bibliográfica abrangeu os métodos de intervenção psicossocial de Cinematerapia e de Rodas de Conversa, como estratégia terapêutica complementar dentro do ambiente hospitalar. Por meio de filmes que são ferramentas acessíveis, é possível propor reflexões sobre o tema, com debates sobre autoimagem, autoestima e aceitação, permitindo espaço para acolhimento e troca de vivências.
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