UM ESTUDO DE CASO DE ANOREXIA NERVOSA: desafios e possibilidades na terapia cognitivo-comportamental
DOI:
https://doi.org/10.22289/2446-922X.V8N1A24Palavras-chave:
Terapia Cognitivo-Comportamental, Anorexia Nervosa, Estratégias PsicoterápicasResumo
A propagação de uma cultura de corpo magro e de um padrão estético a ser seguido pela sociedade tem aumentado a incidência e prevalência de transtornos alimentares. Estes transtornos, relacionados à distorção da imagem corporal vêm crescendo exponencialmente em vários países ao redor do mundo. Caracterizam-se cada vez mais como uma área de interesse dos profissionais da saúde, no entanto, ainda há poucos estudos brasileiros sobre o tratamento dessas patologias sob a visão da Terapia Cognitivo – Comportamental. Os transtornos alimentares são quadros conhecidos por aspectos como o medo mórbido de engordar, redução voluntária do consumo nutricional, ingestão maciça de alimentos seguida de vômitos e uso abusivo de laxantes e/ou diuréticos. São patologias graves e de prognóstico pouco discutido, que por sua vez, trazem aos pacientes prejuízos biopsicossociais e elevados níveis de letalidade, além de sofrimento para as famílias. Deste modo, o presente artigo traz a experiência com um caso ilustrativo de anorexia nervosa, pensando em sua forma de avaliação e intervenção. Com base nos modelos de relatos e registros, o terapeuta cognitivo-comportamental descreve as contingências das quais um comportamento é função, suas crenças e histórico de vida. Tais informações podem colaborar para compreender o desenvolvimento da anorexia, e assim, ensinar o paciente maneiras do manejo do transtorno.
Downloads
Referências
American Psychiatric Association [APA] (2014). Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais: DSM-5 (5. ed.). Artmed.
Argimon, I. I. L., Cerutti, F., Esteves, C. S. (2016). Medidas de Avaliação em Transtornos Alimentares. In: Finger, I. R & Oliveira, M. S. (Orgs.), A Prática da Terapia Cognitivo-Comportamental nos Transtornos Alimentares e Obesidade (cap. 3, pp. 65-77). Sinopsys.
Bosi, M.L.M, Nogueira J.A.D, Yumiuchimura K, Luis R.R., Godoy M. G. C. (2014) Comportamento alimentar e imagem corporal entre estudantes de medicina, Revista Brasileira Educação Médica, 38, 243 - 252.
Cooper, P.J., Fairburn, C.G. (1984). Cognitive behavior therapy for anorexia nervosa: Some preliminary findings. Journal of Psychosomatic Research, 28(6), 493-499.
Conti, M. A., Teixeira, P. C., Scagliusi, F. B. (2016). Instrumentos de Avaliação da Imagem Corporal. In: C. Gorenstein, Y. Wang, I. Hungerbüler (Orgs.), Instrumentos de avaliação em saúde mental (cap. 8.4, pp. 592-615). Artmed.
Cordás, T. A. (2004). Transtornos alimentares: classificação e diagnóstico. Revista de Psiquiatria Clínica, 31(4), 154-157.
Cordás, T. A. (2016). Instrumentos de Avaliação em Transtornos Alimentares. In: C. Gorenstein, Y. Wang, I. Hungerbüler (Orgs), Instrumentos de avaliação em saúde mental (cap. 8, pp. 548-555). Artmed.
Cottraux, J., Matos, M. G. (2007). Modelo europeu de formação e supervisão em Terapias Cognitivo-Comportamentais (TCC) para profissionais de saúde mental. Revista Brasileira de Terapias Cognitivas, 3, 49-61.
Duchesne, M., Almeida, P.E.M. (2002). Terapia cognitivo-comportamental dos transtornos alimentares. Revista Brasileira de Psiquiatria, 24 (Supl III), 49-53.
Duchesne, M. (2007, junho). Abordagem psicoterápica dos transtornos alimentares. Trabalho apresentado no VII Congresso Brasileiro de Transtornos Alimentares e Obesidade. Novas perspectivas: Comorbidades e tratamento. Rio de Janeiro, Brasil.
Fairburn, C.G., Welch, S.L., Doll, H.A., Davies, B.A., O’Connor, M.E. (1997). Risk factors for bulimia nervosa: A community- based case-control study. Archives of General Psychiatry, 54(6), 509-517.
Finger, I. R., Guedes, P. A. (2016). Diagnóstico e curso dos transtornos alimentares. In: Finger, I. R., Oliveira, M.S. A prática da Terapia Cognitivo-Comportamental nos Transtornos Alimentares e Obesidade. (cap 1, pp 24-36). Sinopsys.
Franko, D. L., Keshaviah, A., Eddy, K. T., Krishna, M., Davis, M. C., Keel, P. K., Herzog, D. B. (2013). A longitudinal investigation of nortality in Anorexia Nervosa and Bulimia Nervosa. The American Journal of Psychiatry, 170(8), 917-25.
Freitas, Silvia, Gorenstein, Clarice, Appolinario, Jose C. (2002). Instrumentos para a avaliação dos transtornos alimentares. Brazilian Journal of Psychiatry, 24(Suppl. 3), 34-38.
Garfinkel, P.E., Garber, D.M. (1982). Anorexia nervosa: a multidimensional perspective. New York: Brunner/Mazel.
Graeff-Martins, A. S., Fleitlich-Bilyk, B. (2016). Development And Well-Being Assessment (DAWBA). In: C. Gorenstein, Y. Wang, & I. Hungerbüler (Orgs), Instrumentos de avaliação em saúde mental (cap. 10.3 pp. 700-706). Artmed.
Gorenstein, C, Wang, Y., Hungerbüler, I (Orgs.), (2016). Instrumentos de avaliação em saúde mental. Artmed.
Leonidas, C., Santos, M.A. (2013). Redes Sociais significativas de mulheres com transtornos alimentares. Psicologia: Reflexão e Crítica, 26 (3), 561-571.
Mohammadi, M. R., Mostafavi, S. A., Hooshyari, Z., Khaleghi, A., Ahmadi, N., Molavi, P., Zarafshan, H. (2020). Prevalence, correlates and comorbidities of feeding and eating disorders in a nationally representative sample of Iranian children and adolescents. International Journal of Eating Disorders, 53(3), 349– 361.
Moser, C. M., Terra, L., Behenck, A. S., Brunstein, M. G., Hauck, S. (2020). Cross-cultural adaptation and translation into Brazilian Portuguese of the instruments Sick Control One Stone Fat Food Questionnaire (SCOFF), Eating Disorder Examination Questionnaire (EDE-Q) and Clinical Impairment Assessment Questionnaire (CIA). Trends in Psychiatry and Psychotherapy, 42(3), 267-271.
Nardi, H., Melere, C. (2014). O papel da terapia cognitivo-comportamental na anorexia nervosa. Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva, 1 (1), 55-56.
Nunes, M.A., Apolinario, J.C., Galvão, A.C. & Coutinho, W. (2006). Transtornos Alimentares e Obesidade. Porto Alegre: Artmed.
Oliveira, L.L., Deiro, C.P. (2013). Terapia Cognitivo-Comportamental para transtornos alimentares: a visão de psicoterapeutas sobre o tratamento. Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva, 14 (1), 36-49.
Penha, M. M. (2019) Adaptação brasileira do Eating Disorder Inventory-3 (EDI-3) e evidências iniciais de validade e fidedignidade. [Dissertação de mestrado]. Universidade de Brasília, Brasília. https://repositorio.unb.br/handle/10482/35229
Robins, R. W.; Gosling, S. D. & Craik, K. H. (1999). An empirical analysis of trends in psychology. American Psychologist (APA), 54, 117-128.
Rocha, G.A.F., Nogueira, J.A., Pina, N.L.R., Trindade, D.L., Ferrreira, H.A.M., Biasotto, I.B., ... Passos, S.R.L. (2020). Brazilian. Journal. of Development., 6 (11), 90174-90198.
Salkovskis, P. M. (2005). Prefácio. In P. M. Salkovskis (Ed.). Fronteiras da terapia cognitiva (pp. 15-16). São Paulo: Casa do Psicólogo.
Souza, L. D. M, Kelbert, E. F. (2016). Epidemiologia dos Transtornos Alimentares. In: Finger, I. R, Oliveira, M. S. (Org). A prática da terapia cognitivo-comportamental nos transtornos alimentares e obesidade. (cap. 2, pp. 37-64). Sinopsys.
Ximenes, R. C. C., Colares, V., Bertulino, T., Couto, G. B. L., Sougey, E. B. (2011). Versão brasileira do “BITE” para uso em adolescentes. Arquivos Brasileiros de Psicologia, 63(1), 52-63.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Psicologia e Saúde em debate
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Os autores declaram que participaram na elaboração do manuscrito em questão, e que o citado manuscrito é original e não foi previamente publicado em parte ou no todo e que nenhum outro manuscrito similar sob autoria dos mesmos está publicado ou em análise por outro periódico seja impresso ou eletrônico. Declaram ainda, que não violaram nem infringiram nenhum copyright ou nenhum outro tipo de direito de propriedade de outras pessoas, e que todas as citações no texto são fatos verdadeiros ou baseados em pesquisas de exatidão cientificamente considerável. Os autores comprometem, quando solicitado, a fornecer informações aos editores a respeito dos dados deste manuscrito.
A revista segue o padrão Creative Commons (BY NC ND), que permite o remixe, adaptação e criação de obras derivadas do original, mesmo para fins comerciais. As novas obras devem conter menção ao(s) autor(es) nos créditos. O site utiliza o Open Journal Systems, sistema de código livre gratuito para a administração e a publicação de revistas desenvolvido com suporte e distribuição pelo Public Knowledge Project sob a licença GNU General Public License.