MULHERES DONAS DE CASA E O CONTEXTO ADVERSO ANTE AO SOFRIMENTO RESULTANTE DA ADICÇÃO E O AMBIENTE FAMÍLIAR
Palavras-chave:
Relações Familiares, Adicção, Representação, MulheresResumo
Introdução: O interesse das ações voltadas para as políticas sociais no que concerne à qualidade de vida das pessoas em situação de risco, vulnerabilidade e discriminação social, chama a atenção para as necessidades de produzir a partir de uma consciência educativa, o consenso de que as estratégias de Promoção da Saúde é a melhor maneira de se atingir as pessoas por meio de uma política educativa voltada para o modo de pensar e intervir no intuito de construir e desenvolver ações estratégicas que correspondam significativamente às necessidades em saúde. Frente à estas questões sociais, o uso de substâncias tóxicas vem à tona, implicando necessidade de reflexão desse fenômeno no conceito de saúde tanto quanto nas demandas intrafamiliares desencadeadas, produzindo comportamentos condicionados ao dependente, afetando seu entorno e consequentemente, a sociedade em geral. Nesse ambiente, a mulher dona de casa sente-se transgredida no seu corpo e susceptível a agravos na qualidade de vida, fragilizando-a na autoimagem e autoestima. Objetivo: Compreender de como esta mulher lida com as consequências da dependência e como ela vivencia o sofrimento da adicção no ambiente familiar. Metodologia: O estudo é de natureza qualitativo transversal de natureza exploratória. Realizado com mulheres donas de casa, pobres, de uma cidade da região do Alto Paranaíba, estado de Minas Gerais, Brasil. Os quais fizeram parte aquelas mulheres na faixa da pobreza, protagonistas da administração doméstica, com idade entre 40 a 60 anos, com pelo menos um membro da família fazendo uso de drogas. Sendo exclusas aquelas que não corresponderem aos critérios de inclusão, que não comparecerem às entrevistas e nos encontros grupais. Considerações: Percebe-se que o universo familiar centraliza na figura feminina, seja mãe ou esposa, na responsabilidade de integrar e manter a família, mesmo ela sentindo-se impotente e ineficaz; todavia, estabelece bi dependência sem, entretanto, perder a identificação feminina. A idealização do perfeito dá lugar à frustração e consequências advêm dos dilemas e desestruturação familiar. O processo de admissão da co-dependência, anteriormente doloroso, aparece como oportunidade de ressignificação e redescobertas de si mesma.
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