A VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA CONTRA A MULHER SOB A PERSPECTIVA TEÓRICA INTERSECCIONAL: Uma revisão narrativa

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22289/2446-922X.V10N1A13

Palavras-chave:

Estrutura Interseccional, Saúde Materna, Violência Baseada em Gênero e Etnia, Racismo Obstétrico

Resumo

Este estudo visa refletir a violência obstétrica contra a mulher sob perspectiva teórica da interseccionalidade. Trata-se de uma revisão narrativa que se propôs analisar a partir da literatura nacional, disponível nas bases de dados: SciELO, ARCA e BVS, pesquisas que abordassem o tema central do presente estudo e em cada base de dados foi utilizado os descritores de saúde: "teoria interseccional", "violência obstétrica" e "racismo de gênero e etnia" organizados pelo operador booleano “AND”. A partir da extensa literatura podemos inferir que a violência obstétrica contra as mulheres ocorre, principalmente, contra as mulheres pretas, pardas, indígenas e pobres, ou seja, mulher que mais acumulam intersecções/determinantes socias de saúde. Por fim, a violência obstétrica não escolhe perfil, todas as pessoas que gestam estão sujeitas a serem violadas só pela sua condição de conceber e se submeter a procedimentos obstétricos. No entanto, pode agravar dependendo de seu ambiente, classe, raça, gênero, orientação sexual, religião, etnia e outras intersecções.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Diego Ramon Alves , UNIVERSIDADE FEDERAL DO DELTA DO PARNAÍBA (UFDPAR)

Este estudo visa refletir a violência obstétrica contra a mulher sob Perspectiva teórica da teoria da interseccionalidade. Trata-se de uma revisão narrativa que se propôs analisar a partir da literatura nacional, disponível nas bases de dados: SciELO, ARCA e BVS, estudos que abordassem o tema central do presente estudo e em cada base de dado foi utilizado os descritores de saúde: "teoria interseccional", "violência obstétrica" e "racismo de gênero e etnia" organizados pelo operador booleano AND. A partir da extensa literatura podemos inferir que a violência obstétrica contra as mulheres ocorrem, principalmente contra as mulheres pretas, pardas, indígena e pobres, ou seja mulher que mais acumulam intersecções/determinantes socias de saúde. Por fim, a violência obstétrica não escolhe perfil, todas as pessoas que gestam estão sujeitas a serem violadas só pela sua condição de parir e se submeter a procedimentos obstétricos. No entanto, pode piorar dependendo de seu ambiente, classe, raça, gênero, orientação sexual, religião, etnia e outras intersecções.

Referências

Akotirene, C. (2019). Interseccionalidade. Pólen Produção Editorial LTDA. https://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=LSqsDwAAQBAJ&oi=fnd&pg=PT5&dq=Akotirene,+C.+(2019).+Interseccionalidade.+P%C3%B3len+Produ%C3%A7%C3%A3o+Editorial+LTDA.&ots=nrRU0qaRUT&sig=e8m8sF6aC0eoc6R5Pa7xDB_Ryc4#v=onepage&q&f=false.

Assis, J. F. D. (2018). Interseccionalidade, racismo institucional e direitos humanos: compreensões à violência obstétrica. Serviço Social & Sociedade, 547-565. https://doi.org/10.1590/0101-6628.159.

Barbosa, J. P. M., Lima, R. D. C. D., Santos, G. D. B. M., Lanna, S. D., & Andrade, M. A. C. (2021). Interseccionalidade e violência contra as mulheres em tempos de pandemia de covid-19: diálogos e possibilidades. Saúde e sociedade, 30. https://doi.org/10.1590/S0104-12902021200367.

Collins, P. H., & Bilge, S. (2021). Interseccionalidade. Boitempo Editorial. https://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=2xYcEAAAQBAJ&oi=fnd&pg=PT8&dq=Collins,+P.+H.,+%26+Bilge,+S.+(2021).+Interseccionalidade.+Boitempo+Editorial.&ots=xZtJxgEmVB&sig=IPkJF4NKVrjUUhKkHkYm1BRw6-0#v=onepage&q&f=false

Crenshaw, K. (2002). A Interseccionalidade na Discriminação de Raça e Gênero. Observatório da Saúde da População Negra. https://mulheresnopoder.unilab.edu.br/wp-content/uploads/2019/09/BR_ART_42_A_INTERDECCIONALIDADE_NA_DISCRIMINACAO_DE_RACA_E_GENERO.pdf.

Estevanato, B. F., & Martins, S. D. (2022). O uso da interseccionalidade em análises de trajetórias e experiência de mulheres. https://flacso.edu.uy/web/congreso/wp content/uploads/2023/05/EJE10949921.

Fernandes, I. S., Marcial, L. S. D., Lima, F. P. S., & Salles, R. J., (2023). Saúde mental de cuidadores de idosos: uma revisão narrativa. Psicologia E Saúde Em Debate, 9(1), 94–110. https://doi.org/10.22289/2446-922X.V9N1A6.

Gonzalez, L. (2020). Por um feminismo afro-latino-americano. Editora Schwarcz-Companhia das Letras. https://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=WuT4DwAAQBAJ&oi=fnd&pg=PT4&dq=Gonzalez,+L.+(2020).+Por+um+feminismo+afro-latino-americano.+Editora+Schwarcz-Companhia+das+Letras.&ots=iziQCjr2_A&sig=wvtn3trI_VmTlQ97_EeS_3zKS3k#v=onepage&q=Gonzalez%2C%20L.%20(2020).%20Por%20um%20feminismo%20afro-latino-americano.%20Editora%20Schwarcz-Companhia%20das%20Letras.&f=false.

Leite, M. C. P., Mendes, D. D. C. O., & Mendes, P. A. (2020). Perfil sociodemográfico e obstétrico de mulheres vítimas de violência obstétrica no médio norte Matogrossense. Brazilian Journal of Development, 6(10), 77230-77249. https://doi.org/10.34117/bjdv6n10-229.

Lima, K. D. D. (2016). Raça e violência obstétrica no Brasil. [Trabalho de conclusão de curso de Residência Multiprofissional em Saúde Coletiva]. Arca – Repositório Institucional da Fiocruz, Centro de pesquisa Aggeu Magalhães. http://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/18547.

Medeiros, R. D. C. D. S., & Nascimento, E. G. C. D. (2022). “Na hora de fazer não chorou”: a violência obstétrica e suas expressões. Revista Estudos Feministas, 30. https://doi.org/10.1590/1806-9584-2022v30n371008.

Ministério da Saúde. (2023). Saúde da mulher e mortalidade materna: racismo, falta de formação obstetrícia e ausência de direitos humanos colocam Brasil em ranking letal. Conselho Nacional de Saúde. https://conselho.saude.gov.br/ultimas-noticias-cns/3079-saude-da-mulher-e-mortalidade-materna-racismo-falta-de-formacao-obstetricia-e-ausencia-de-direitos-h.

Organização Mundial da Saúde (2002). Relatório Mundial sobre violência e saúde. Genebra. https://d1wqtxts1xzle7.cloudfront.net/34165228/65818661-Relatorio-Mundial-sobre-violencia-e-saude-libre.pdf?1404982686=&response-content-disposition=inline%3B+filename%3DRelatorio_mundial_sobre_violencia_e_saud.pdf&Expires=1701230928&Signature=hNky2byZvHs4nhypgh7Ub-VeZNEcc91QGET4rEEiyKESPbVBZH1xH0S5QuN5jo0UHNusB8L-t9d0M2ljdWZ7oi7uOyx9gdrfY5QG8YI3Jg1TFBFiTp27mr4oEdZLxfL9QkvaPr4S4BJMyXezFexPFV6xgb1-OZLo9774IWBJi8dpIC1GO1v5aqGzinmc8i9M3o5fEeE7Lt0GMj1RtkCanqGzd5E3V5VIjVmJRHjvNaa1~KfDQQUHw6rMKsh7f2Ol2hTGlAnAuHaM0rgAHB-mdE138At7KFxjhXYjyRODwkKZXKA5XGzeE-9hggdgUJVt5tmsgUp5Zxlpz~6t4fhoYg__&Key-Pair-Id=APKAJLOHF5GGSLRBV4ZA

Ribeiro, S. H. M. G., Silva, M. B., Cerqueira, M.D. R. A, Castro, R. C., Quitete, J. B., & Knupp, V. M. A. O. (2016). Perfil epidemiológico de mulheres que sofreram violência obstétrica: estudo transversal. Saúde Coletiva (Barueri), v. 11, n. 67, p. 6899-6910. https://doi.org/10.36489/saudecoletiva.2021v11i67p6899-6910.

Silva, E. W. O., Sten, B., Lima, A. J. S., & Lima, K. O. (2022). Os velhos caminhos na solidão da mulher negra. Revista da Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as (ABPN), 14(39), 522-545. https://abpnrevista.org.br/site/article/view/1322.

Saraiva, V. C. D. S., & Campos, D. D. S. (2023). A carne mais barata do mercado é a carne negra: notas sobre o racismo e a violência obstétrica contra mulheres negras. Ciência & Saúde Coletiva, 28, 2511-2517. https://doi.org/10.1590/1413-81232023289.05182023.

Zanardo, G. L. D. P., Uribe, M. C., Nadal, A. H. R. D., & Habigzang, L. F. (2017). Violência obstétrica no Brasil: uma revisão narrativa. Psicologia & sociedade, 29. https://doi.org/10.1590/1807-0310/2017v29155043.

Downloads

Publicado

13-03-2024

Como Citar

Alves, M. A., & Alves , D. R. (2024). A VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA CONTRA A MULHER SOB A PERSPECTIVA TEÓRICA INTERSECCIONAL: Uma revisão narrativa. Psicologia E Saúde Em Debate, 10(1), 209–218. https://doi.org/10.22289/2446-922X.V10N1A13

Edição

Seção

Estudo Teórico