NÃO-MATERNIDADE E A OPÇÃO PELA ESTERILIZAÇÃO CIRÚRGICA VOLUNTÁRIA DE MULHERES SOLTEIRAS: Narrativas de usuárias do SUS
DOI:
https://doi.org/10.22289/2446-922X.V10N1A6Palavras-chave:
Esterilização Tubária, Comportamento Materno, Direitos da Mulher, MulherResumo
Com a modificação dos papéis sociais da mulher, a maternidade passou a ser uma opção e não mais algo obrigatório ou um sonho para todas as mulheres, e é crescente a busca por métodos contraceptivos eficazes capazes de evitar gestações indesejadas, como esterilizações cirúrgicas voluntárias (ECV). Este estudo qualitativo, exploratório-descritivo e transversal, objetivou conhecer as experiências, motivações e trajetórias de mulheres solteiras que optam pela não-maternidade através da realização da esterilização cirúrgica voluntária no Sistema Único de Saúde (SUS). Participaram da pesquisa cinco mulheres com idade média de 27,8 anos que estão com o planejamento familiar em andamento ou já realizaram a ECV. As participantes responderam a um questionário de dados sociodemográficos e de saúde e uma entrevista semiestruturada, compreendidas por meio da análise temática. Os resultados apontaram quatro temáticas: Percepções acerca do “ser mãe” e do “ser pai”; A vida hoje; A não maternidade enquanto possibilidade de ser; e A esterilização cirúrgica: liberdade versus entraves. Percebe-se que a escolha pela não-maternidade é multicausal e complexa, assim como a opção pela ECV, envolvendo aspectos da história de vida de cada mulher. Além disso, diversos são os entraves no âmbito do SUS às mulheres que buscam pelo método, mostrando-se necessária a qualificação dos profissionais nesses atendimentos e conhecimento acerca da legislação do planejamento familiar.
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