ATITUDE DO PACIENTE ONCOLÓGICO FRENTE A PERCEPÇÃO DE SER EXISTENCIAL, OU SEJA: Um ser finito

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22289/2446-922X.V10N1A35

Palavras-chave:

Morte, Pacientes oncológicos, Contexto hospitalar, Cuidados paliativos

Resumo

A concepção sobre o nascimento, considerado um ato espontâneo, no qual se resulta após um longo aquecimento que se refere à gestação, assim como o ciclo vital do ser humano, em um plano existencial é um processo, de aquecimento, mas para outro ato espontâneo, a morte. Neste estudo, buscou-se compreender as percepções sobre a finitude que possuem os pacientes oncológicos em cuidados paliativos. Sendo um estudo qualitativo, fenomenológico e utilizado-se a entrevista semiestruturada e como abordagem a análise de conteúdo de Bardin. Foram entrevistado seis pacientes internados numa clínica oncológica em um hospital do oeste de Santa Catarina. Os resultados deste estudo demonstram que os pacientes oncológicos apresentam a percepção de presentificação da própria morte, posto que o impacto do diagnóstico provoca reações adversas, possibilitando questionar a própria existência, bem como as restrições que a doença impõe e os recursos de enfrentamento utilizados, reconhecendo a responsabilidade de suas escolhas refletirão diante o processo de morte, visto que ter consciência sobre a morte faz pensar sobre a vida. Considera-se a necessidade da promoção de espaços de escuta e acolhimento das angústias dos pacientes oncológicos no âmbito hospitalar, sendo o atendimento psicológico essencial para realizar intervenções e aprimorar a atenção integral aos pacientes, auxiliando ao encontro ou criação de significado a existência, levando em consideração o contexto cultural, espiritual e social. Assim como, atentar-se ao cuidado à dor total, para que todos que passam por adoecimento terminal tenham o alívio e a leveza de viver até o ato da morte.

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Biografia do Autor

Leoni Terezinha Zenevicz, Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS

Pós Doutorado pela Universidade Federal de Pelotas (UFPEL). Graduação em Enfermagem pela Fundação Educacional do Alto Uruguai Catarinense (1991). Mestrado em Saúde Coletiva pela Universidade Luterana do Brasil (2003) e doutorado em Gerontologia Biomédica pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (2009). Pós doutorado pela Universidade Federal da Fronteira Sul -UFFS(2021). Atualmente é professora associada da Universidade Federal da Fronteira Sul(UFFS) dos cursos de Enfermagem e Medicina. Professora da Residência Multiprofissional em Oncologia do Hospital Regional do Oeste. Coordenadora do Projeto de Extensão Luzes. Integrante do Grupo de Pesquisa GEPEGECE. Tem experiência na área de Enfermagem. Desenvolve pesquisas nas áreas de Gerontologia(idosos) , Espiritualidade, Cuidado Paliativos.

Géssica Luana Höhn, Unochapecó

Graduada em Psicologia pela Universidade Comunitária da Região de Chapeco-Unochapeco, 2014-2018. Residente do Programa de Residências Multiprofissional em Atenção Oncológica na especialidade de Psicologia, pela Associação Hospitalar Lenoir Vargas Ferreira (AHLVF). 

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Publicado

13-05-2024

Como Citar

Pedon, L., Zenevicz, L. T., Höhn, G. L., & Celuch, K. L. S. (2024). ATITUDE DO PACIENTE ONCOLÓGICO FRENTE A PERCEPÇÃO DE SER EXISTENCIAL, OU SEJA: Um ser finito. Psicologia E Saúde Em Debate, 10(1), 560–582. https://doi.org/10.22289/2446-922X.V10N1A35

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