MANUTENÇÃO DA HOMEOSTASE E DO FUNCIONAMENTO BIOLÓGICO: Implicações do dormir e do sono no cotidiano das pessoas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22289/2446-922X.V10N1A30

Palavras-chave:

Sono, Fenômenos Biológicos, Homeostase

Resumo

O sono é essencial para o funcionamento adequado e a saúde geral do organismo, desempenhando um papel crucial na homeostase corporal. Diante desse cenário, o presente estudo objetivou discutir os processos biopsicológicos convergentes à manutenção do sono. Consistiu em um estudo descritivo, transversal e de caráter qualitativo, sendo caracterizado enquanto uma revisão de literatura narrativa. Os materiais bibliográficos foram captados por meio de plataformas de busca como PubMed e SciELO, utilizando-se dos descritores “sono”, “privação do sono” e “higiene do sono” em suas versões na língua português e inglesa, sendo empregadas individualmente e em diferentes combinações. Observou-se que a escassez de sono pode levar a uma série de consequências cognitivas, fisiológicas adversas e doenças. Tal condição representa uma ameaça à saúde mental e física, uma vez que a produção do hormônio do sono, a melatonina, é afetada pela exposição prolongada a telas. Concluiu-se que a adoção de um estilo de vida saudável, prezando por uma boa qualidade do sono, encontra-se relacionada com uma melhor condição fisiológica, física e psicológica. Porém, cabe atentar-se aos comportamentos da modernidade no qual tem contribuído para distúrbios do sono.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Amanda Azevedo de Carvalho, Universidade Anhembi Morumbi

Graduanda em Ciências Biológicas na Universidade Anhembi Morumbi. Aluna de Iniciação Científica na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - FMUSP, São Paulo, SP, Brasil.

Dante Ogassavara, Universidade São Judas Tadeu

Psicólogo. Mestre e Doutorando em Ciências do Envelhecimento pela Universidade São Judas Tadeu, São Paulo, SP, Brasil.

Thais da Silva-Ferreira, Universidade São Judas Tadeu

Psicóloga. Mestranda do Programa de Pós-Graduação Stricto-Sensu em Ciências do Envelhecimento pela Universidade São Judas Tadeu, São Paulo, SP, Brasil.

Patricia Costa Lima Tierno, Universidade São Judas Tadeu

Psicóloga. Mestranda do Programa de Pós-Graduação Stricto-Sensu em Ciências do Envelhecimento pela Universidade São Judas Tadeu, São Paulo, SP, Brasil.

Jeniffer Ferreira-Costa, Universidade São Judas Tadeu

Psicóloga. Mestranda do Programa de Pós-Graduação Stricto-Sensu em Ciências do Envelhecimento pela Universidade São Judas Tadeu, São Paulo, SP, Brasil.

José Maria Montiel, Universidade São Judas Tadeu

Psicólogo. Mestre e Doutor em Psicologia. Docente do Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Ciências do Envelhecimento da Universidade São Judas Tadeu/Instituto Ânima, São Paulo, SP, Brasil.

Referências

Assefa, S. Z., Diaz-Abad, M., Wickwire, E. M., & Scharf, S. M. (2015). The Functions of Sleep. AIMS Neuroscience, 2(3), 155–171. https://doi.org/10.3934/neuroscience.2015.3.155

Cabral, L. G. L., Queiroz, T. N., Pol-Fachin, L., & Santos, A. R. L. D. (2023). Tecnologias digitais e seus impactos na qualidade do sono e desempenho acadêmico em tempos de pandemia. Arquivos de Neuro-Psiquiatria, 80, 1052-1056. https://doi.org/10.1055/s-0042-1755395

Cai, Y., Song, W., Li, J., Jing, Y., Liang, C., Zhang, L., Zhang, X., Zhang, W., Liu, B., An, Y., Li, J., Tang, B., Pei, S., Wu, X., Liu, Y., Zhuang, C.-L., Ying, Y., Dou, X., Chen, Y..., & Xiao, F.-H. (2022). The landscape of aging. Science China Life Sciences. https://doi.org/10.1007/s11427-022-2161-3

Crary, J. (2016). 24/7: Capitalismo tardio e os fins do sono. Ubu Editora.

Dashti, H. S., Scheer, F. A., Jacques, P. F., Lamon-Fava, S., & Ordovás, J. M. (2015). Short Sleep Duration and Dietary Intake: Epidemiologic Evidence, Mechanisms, and Health Implications. Advances in Nutrition, 6(6), 648–659. https://doi.org/10.3945/an.115.008623

Drager, L. F., Lorenzi-Filho, G., Cintra, F. D., Pedrosa, R. P., Bittencourt, L. R. A., Poyares, D., Carvalho, C. G., Moura, S. M. G. P. T., Santos-Silva, R., Bruin, P. F. C. de, Geovanini, G. R., Albuquerque, F. N., Oliveira, W. A. A. de, Moreira, G. A., Ueno, L. M., Nerbass, F. B., Rondon, M. U. P. B., Barbosa, E. R. F., Bertolami, A.,.. & Paola, A. A. V. de. (2018). 1o Posicionamento Brasileiro sobre o Impacto dos Distúrbios de Sono nas Doenças Cardiovasculares da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, 111, 290–340. https://doi.org/10.5935/abc.20180154

Ferrara, M., & De Gennaro, L. (2000). How much sleep do we need?. Sleep medicine reviews, 5(2), 155-179.

Fernandes, R. M. F. (2006). O sono normal. Medicina (Ribeirão Preto), 39(2), 157-168.

Gajardo, Y. Z., Ramos, J. N., Muraro, A. P., Moreira, N. F., Ferreira, M. G., & Rodrigues, P. R. M. (2021). Problemas com o sono e fatores associados na população brasileira: Pesquisa Nacional de Saúde, 2013. Ciência & Saúde Coletiva, 26, 601-610.

Gil, A. C. (2002). Como elaborar projetos de pesquisa (Vol. 4, p. 175). Atlas.

Hur, W. M., & Shin, Y. (2023). Is resting and sleeping well helpful to job crafting? Daily relationship between recovery experiences, sleep quality, feelings of recovery, and job crafting. Applied Psychology, 72(4), 1608-1623. https://doi.org/10.1111/apps.12454

Jansen, J. M., Lopes, A. J., Jansen, U., Capone, D., Maeda, T. Y., Noronha, A., & Magalhães, G. (2007). Medicina da noite: da cronobiologia à prática clínica. SciELO-Editora Fiocruz.

Kalyuga, S. (2011). Cognitive load theory: How many types of load does it really need?. Educational Psychology Review, 23, 1-19. https://link.springer.com/article/10.1007/s10648-010-9150-7

Krystal, A. D., & Edinger, J. D. (2008). Measuring sleep quality. Sleep medicine, 9, S10-S17. 10.1016/S1389-9457(08)70011-X.

Linton, S. J., Kecklund, G., Franklin, K. A., Leissner, L. C, Sivertsen, B., Lindberg, E., Svensson, A. C., Hansson, S. O., Sundin, Ö., Hetta, J., Björkelund, C., Hall C. (2015). The effect of the work environment on future sleep disturbances: a systematic review. Sleep Med Rev, 23:10-19. 10.1016/j.smrv.2014.10.010. Epub 2014 Nov 10.

Ludke, M., & André, M. E. D. A. (2013). Pesquisa em Educação: abordagens qualitativas. 2ª. Reimpressão. EPU.

Martins, P. J. F., Mello, M. T. D., & Tufik, S. (2001). Exercício e sono. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, 7, 28-36. https://doi.org/10.1590/S1517-86922001000100006

National Heart, Lung, and Blood Institute (NHLBI). Healthy Sleep. [Online]. Disponível em: https://www.nhlbi.nih.gov/files/docs/public/sleep/healthy_sleep.pdf. Acesso em: 20 jan. 2024.

Ogassavara, D., da Silva-Ferreira, T., Ferreira-Costa, J., Bartholomeu, D., Tertuliano, I. W., & Montiel, J. M. (2023). Concepções e interlocuções das revisões de literatura narrativa: contribuições e aplicabilidade. Ensino & Pesquisa, 21(3), 8-21. https://periodicos.unespar.edu.br/index.php/ensinoepesquisa/article/view/7646

Palma, B. D., Tiba, P. A., Machado, R. B., Tufik, S., & Suchecki, D. (2007). Repercussões imunológicas dos distúrbios do sono: o eixo hipotálamo-pituitária-adrenal como fator modulador. Brazilian Journal of Psychiatry, 29, s33-s38. https://doi.org/10.1590/S1516-44462007000500007

Rodrigues, F. A. (2021). Dormir pouco ou tarde causa disfunções que acarretam em doenças, envelhecimento precoce e morte prematura. Brazilian Journal of Development, 7(3), 24650-24664. https://doi.org/10.34117/bjdv7n3-258

Ropke, L. M., Souza, A. G., de Magalhães Bertoz, A. P., Adriazola, M. M., Ortolan, E. V. P., Martins, R. H., ... & Weber, S. A. T. (2017). Efeito da atividade física na qualidade do sono e qualidade de vida: revisão sistematizada. Archives of Health Investigation, 6(12). https://doi.org/10.21270/archi.v6i12.2258

Silva, C. N., & Silva Neta, U. P. (2021). Impactos da privação do sono na recuperação do paciente no ambiente de terapia intensiva. Revista Atualiza Saúde, 24. https://atualizarevista.com.br/wp-content/uploads/2021/08/impactos-da-privacao-do-sono-na-recuperacao-do-paciente-no-ambiente-de-terapia-intensiva-v-9-n-9.pdf

Teixeira, S. S. (2017). Efeitos da privação do sono na ingestão alimentar. [Monografia, Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto].

Weitzman, E. D., Nogeire, C., Perlow, M., Fukushima, D., Sassin, J. O. N., McGregor, P., ... & Hellman, L. (1974). Effects of a prolonged 3-hour sleep-wake cycle on sleep stages, plasma cortisol, growth hormone and body temperature in man. The Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism, 38(6), 1018-1030. 10.1210/jcem-38-6-1018

Webber, D., Guo, Z., & Mann, S. (2015). SELF-CARE IN HEALTH: WE CAN DEFINE IT, BUT SHOULD WE ALSO MEASURE IT? SelfCare Journal. https://selfcarejournal.com/article/self-care-in-health-we-can-define-it-but-should-we-also-measure-it/

Yin, R. E. (2015). planejamento e métodos. 5ª ed. Artmed.

Downloads

Publicado

07-05-2024

Como Citar

Carvalho, A. A. de, Ogassavara, D., Silva-Ferreira, T. da, Tierno, P. C. L., Ferreira-Costa, J., & Montiel, J. M. (2024). MANUTENÇÃO DA HOMEOSTASE E DO FUNCIONAMENTO BIOLÓGICO: Implicações do dormir e do sono no cotidiano das pessoas. Psicologia E Saúde Em Debate, 10(1), 485–494. https://doi.org/10.22289/2446-922X.V10N1A30

Edição

Seção

Estudo Teórico