DISPLASIA TANATOFÓRICA: Nascimento, morte e a experiência de acolhimento familiar e cuidados paliativos neonatais

Autores

  • Juliana Salum de Oliveira Molinari Mestranda em Ciências da Saúde – Universidade do Sul de Santa Catarina - Unisul - Campus Tubarão https://orcid.org/0009-0006-5457-8811
  • Karla Dal Bó Michels Docente do Curso de Medicina – Universidade do Sul de Santa Catarina – Campus Tubarão https://orcid.org/0000-0002-1795-6303
  • Cristina Aparecida Gava Coordenadora de Enfermagem no Centro Materno Infantil – Hospital Nossa Senhora da Conceição / Rede Santa Catarina https://orcid.org/0009-0001-6074-4920
  • Betine Pinto Moehlecke Iser Docente do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde – Universidade do Sul de Santa Catarina – Campus Tubarão https://orcid.org/0000-0001-6061-2541

DOI:

https://doi.org/10.22289/2446-922X.V10N1A37

Palavras-chave:

Displasia Tanatofórica, Apoio Psicológico, Trabalho Em Equipe, Cuidados Paliativos Neonatais

Resumo

A displasia tanatofórica é uma síndrome genética usualmente letal no período perinatal cujo diagnóstico traz grande impacto psicológico para a gestante e família, demandando um acompanhamento cuidadoso dos profissionais de saúde envolvidos no atendimento. O objetivo deste trabalho é apresentar um relato de experiência de acompanhamento psicológico e multiprofissional de uma gestante com diagnóstico pré-natal de displasia tanatofórica tipo 2. A metodologia do presente estudo envolve apresentação de um caso clínico com descrição das condições clínicas e psicológicas da gestante e das intervenções realizadas pelos profissionais da equipe de saúde envolvida no caso. A gestante procurou atendimento psicológico após ter recebido o diagnóstico de displasia tanatofórica tipo 2. A psicóloga acionou outros profissionais de saúde envolvidos no caso e a instituição onde seria realizado o parto e desenvolveu-se um planejamento e trabalho conjunto de acolhimento e manejo. A opção da gestante e família foi por cuidados paliativos para o recém-nascido e os profissionais da equipe alinharam as condutas para atender aos desejos e necessidades da família. O recém-nascido foi atendido com medidas de suporte, sobreviveu por poucas horas e evoluiu para óbito. A atuação dos profissionais da equipe de saúde de forma integrada e a flexibilidade da instituição hospitalar para implementação das medidas propostas permitiu um adequado planejamento das ações de cuidado e uma experiência positiva de acolhimento para a família. Evidenciou-se a importância do apoio psicológico, do planejamento individualizado e a relevância do trabalho em equipe.

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Publicado

23-05-2024

Como Citar

Salum de Oliveira Molinari, J., Dal Bó Michels, K., Gava, C. A., & Pinto Moehlecke Iser, B. (2024). DISPLASIA TANATOFÓRICA: Nascimento, morte e a experiência de acolhimento familiar e cuidados paliativos neonatais. Psicologia E Saúde Em Debate, 10(1), 600–618. https://doi.org/10.22289/2446-922X.V10N1A37

Edição

Seção

Relato de Caso e/ou Experiência