DISPLASIA TANATOFÓRICA: Nascimento, morte e a experiência de acolhimento familiar e cuidados paliativos neonatais
DOI:
https://doi.org/10.22289/2446-922X.V10N1A37Palavras-chave:
Displasia Tanatofórica, Apoio Psicológico, Trabalho Em Equipe, Cuidados Paliativos NeonataisResumo
A displasia tanatofórica é uma síndrome genética usualmente letal no período perinatal cujo diagnóstico traz grande impacto psicológico para a gestante e família, demandando um acompanhamento cuidadoso dos profissionais de saúde envolvidos no atendimento. O objetivo deste trabalho é apresentar um relato de experiência de acompanhamento psicológico e multiprofissional de uma gestante com diagnóstico pré-natal de displasia tanatofórica tipo 2. A metodologia do presente estudo envolve apresentação de um caso clínico com descrição das condições clínicas e psicológicas da gestante e das intervenções realizadas pelos profissionais da equipe de saúde envolvida no caso. A gestante procurou atendimento psicológico após ter recebido o diagnóstico de displasia tanatofórica tipo 2. A psicóloga acionou outros profissionais de saúde envolvidos no caso e a instituição onde seria realizado o parto e desenvolveu-se um planejamento e trabalho conjunto de acolhimento e manejo. A opção da gestante e família foi por cuidados paliativos para o recém-nascido e os profissionais da equipe alinharam as condutas para atender aos desejos e necessidades da família. O recém-nascido foi atendido com medidas de suporte, sobreviveu por poucas horas e evoluiu para óbito. A atuação dos profissionais da equipe de saúde de forma integrada e a flexibilidade da instituição hospitalar para implementação das medidas propostas permitiu um adequado planejamento das ações de cuidado e uma experiência positiva de acolhimento para a família. Evidenciou-se a importância do apoio psicológico, do planejamento individualizado e a relevância do trabalho em equipe.
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