DEMANDAS E OFERTAS DA ATENÇÃO BÁSICA EM SAÚDE MENTAL INFANTOJUVENIL
DOI:
https://doi.org/10.22289/2446-922X.V10N1A43Palavras-chave:
Assistência À Saúde Mental, Criança, Adolescente, Colaboração Intersetorial, Política De SaúdeResumo
Objetivou-se compreender as demandas e ofertas da Atenção Básica no que se refere à atenção em saúde mental infantojuvenil, na perspectiva dos trabalhadores. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, realizada com 41 trabalhadores de saúde da Atenção Básica (AB) de um município da região sudeste. Como metodologia adotada, foram utilizadas entrevistas semiestruturadas e dois grupos focais, neste último, participaram 20 trabalhadores dentre os que foram entrevistados. Seguiu-se com a análise lexical do tipo Classificação Hierárquica Descendente com o auxílio do software IRAMUTEQ, resultando em cinco classes. Compareceram nos relatos concepções de infância e adolescência ainda marcadas por ideias de incompletude e por uma lógica de cuidado especializado.
Downloads
Referências
Belotti, M., Quintanilha, B. C., Tristão, K. G., Ribeiro Neto, P. M., & Avellar, L. Z. (2017). Percepções sobre o Processo de Trabalho em um Centro de Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil. Trends in Psychology [online]. 25(4), 1547-1557. https://doi.org/10.9788/TP2017.4-04Pt
Brasil. (2002). Portaria nº 336, de 19 de fevereiro de 2002. Estabelece as modalidades de CAPS definidos por ordem crescente de porte/complexidade e abrangência populacional. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, seção 1, p. 22.
Brasil. (2011). Portaria n.° 3.088, de 23 de dezembro de 2011. Institui a Rede de Atenção Psicossocial para pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Diário Oficial da União 2011; 23 dez.
Brasil. (2017). Portaria nº 2436, de 21 de setembro de 2017. Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes para a organização da Atenção Básica, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília.
Brasil. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas, Secretaria de Atenção à Saúde, Ministério da Saúde. (2005). Caminhos para uma política de saúde mental infantojuvenil. Brasília: Ministério da Saúde; Brasília, DF, 2005.
Cabral, E., & Sawaya, S. M. (2001). Concepções e atuação profissional diante das queixas escolares: os psicólogos nos serviços públicos de saúde. Estudos de Psicologia, 6 (2), 143-155. https://doi.org/10.1590/S1413-294X2001000200003
Camargo, B. V, & Justo, A. M. (2013). IRAMUTEQ: um software gratuito para análise de dados textuais. Temas em psicologia, 21(2), 513-518. http://dx.doi.org/10.9788/TP2013.2-16
Camargo, B. V., & Justo, A. M. (2018). Tutorial para uso do software IRaMuTeQ (Interface de R pour les Analyses Multidimensionnelles de Textes et de Questionnaires). Santa Florianópolis: Laboratório de Psicologia Social da Comunicação e Cognição - UFSC, 74p. Acesso em: http://iramuteq.org/documentation/fichiers/tutoriel-portugais-22-11-2018
Devis, J. V. L., Sánchez, A. F., Serrano-Blanco, A., Pinto-Meza, A., Vidald, D. J. P., Menéndez MM, et al. (2009). Cooperación entre atención primaria y servicios de salud mental. Aten Prim. 41(3), 131-140, 131-40. 10.1016/j.aprim.2008.05.007
Fagundes, G. S., Campos, M. R., & Fortes, S. L. C. L. (2021). Matriciamento em Saúde Mental: análise do cuidado às pessoas em sofrimento psíquico na Atenção Básica. Ciência & Saúde Coletiva, 26 (6), 2311-2322. https://doi.org/10.1590/1413-81232021266.20032019
Felix, L. B. (2016). (In)visibilidades no campo da saúde mental infantojuvenil: Tessituras e desenlaces na construção da atenção psicossocial e do cuidado em rede. Tese (Doutorado) - Universidade Federal de Pernambuco, CFCH. Programa de Pós-graduação em Psicologia. Acesso em: https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/20414/1/Tese%20de%20Doutorado_Livia%20Botelho%20Felix.pdf
Fernandes, A. D. S. A., Cid, M. F. B, Speranza, M., & Copi, C. G. (2019). A intersetorialidade no campo da saúde mental infantojuvenil: proposta de atuação da terapia ocupacional no contexto escolar. Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional, 27(2), 454-461. https://doi.org/10.4322/2526-8910.ctoRE1660
Fernandes, A. D. S. A., Sebold, R. A., Matsukura, T. S., & Cid, M. F. B. (2020). Saúde Mental infantojuvenil e atenção básica à saúde: percepções de profissionais sobre as redes estabelecidas para o cuidado. Cadernos Brasileiros De Saúde Mental/Brazilian Journal of Mental Health, 12(31), 103-119. Acesso em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/cbsm/article/view/69748
Frateschi, M. S., & Cardoso, C. L. (2016). Práticas em saúde mental na atenção primária à saúde. PSICO, 47(2), 159-168. http://dx.doi.org/10.15448/1980-8623.2016.2.22024
Gondim, S. M.G (2003). Grupos Focais como técnica de investigação qualitativa: desafios metodológicos. Paidéia, 12(24), 149-161. https://doi.org/10.1590/S0103-863X2002000300004
Iglesias, A. (2015). O Matriciamento em Saúde Mental Sob Vários Olhares. (Texto de tese não publicado). Programa de Pós-Graduação em Psicologia. Universidade Federal do Espírito Santo.
Kantorski, L. P., Nunes, C. K., Sperb, L. C. S. de O., Pavani, F. M., Jardim, V. M. da R., & Coimbra, V. C. C. (2014). The intersectoriality in the psychosocial attention of children and adolescent. Revista De Pesquisa Cuidado é Fundamental Online, 6(2), 651–662. https://doi.org/10.9789/2175-5361.2014.v6i2.651-662
Lima, M. & Dimenstein, M. (2016). O apoio matricial em saúde mental: uma ferramenta apoiadora da atenção à crise. Interface - Comunicação, Saúde, Educação, 20(58), 625-635. https://doi.org/10.1590/1807-57622015.0389
Lourenço, M. S. G., Matsukura, T. S., & Cid, M. F. B. (2020). A saúde mental infantojuvenil sob a ótica de gestores da Atenção Básica à Saúde: possibilidades e desafios. Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional. 28(3), 809-828. https://doi.org/10.4322/2526-8910.ctoAO2026
Ministério da Saúde (2014). Atenção Psicossocial a Crianças e Adolescentes no SUS: tecendo redes para garantir direitos. Brasília: Ministério da Saúde, 59 p.
Nogueira, C. S. S., & Campos, M. G. (2017). O cuidado em saúde mental da criança e do adolescente no município de Itaúna/MG: 1986 a 2012. Gerais: Revista de Saúde Pública do SUS/MG, 3(1), 43-51. Acesso em dez 2023 de 34425-896.pdf (bvsalud.org)
Nunes, C. K., Olschowsky, A., Silva, A. B. da, Kantorsk, L. P., & Coimbra, V. C. C. (2019). Mental health in children and adolescents: vision of the professionals on challenges and possibilities in building up intersectoral networks. Revista Gaúcha de Enfermagem, 40, e20180432. https://doi.org/10.1590/1983-1447.2019.20180432
Paula, C. S., Vedovato, M. S., Bordin, I. A. S., Barros, M. G. S. M., D’antino, M. E. F., & Mercadante, M. T. (2008). Saúde mental e violência entre estudantes da sexta série de um município paulista. Revista de Saúde Pública, 42(3), 524-528. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-89102008000300019.
Pinheiro R. (2001). As práticas do cotidiano na relação oferta e demanda dos serviços de saúde: um campo de estudo e construção da integralidade. In: Pinheiro R, Mattos RA, organizadores. Os sentidos da integralidade na atenção e no cuidado à saúde. Rio de Janeiro: IMS/UERJ, Abrasco, 65-112.
Ribeiro, C. M. R., & Miranda, L. (2019). Demandas a um CAPSI: o que nos dizem os responsáveis por crianças e adolescentes em situação de sofrimento psicossocial. Semina: Ciências Sociais e Humanas, 40(1), 43-62. Acesso em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-54432019000100004&lng=pt&tlng=pt
Silva, J. F, Matsukura, T. S, Ferigato, S. H., & Cid, M. F. B. (2019). Adolescência e saúde mental: a perspectiva de profissionais da Atenção Básica em Saúde. Interface (Botucatu); 23, e18063. https://doi.org/10.1590/Interface.180630
Tanaka, O. Y., & Ribeiro, E. L. (2009). Ações de saúde mental na atenção básica: caminho para ampliação da integralidade da atenção. Ciência & Saúde Coletiva, 14 (2), 477-486. https://doi.org/10.1590/S1413-81232009000200016.
Taño, B. L., & Matsukura, T. S. (2019). Intersetorialidade e cuidado em saúde mental: experiências dos CAPSij da Região Sudeste do Brasil. Physis: Revista de Saúde Coletiva. 29(1), https://doi.org/10.1590/S0103-733120192901087
Taño, B. L., & Matsukura, T. S. (2020). Compreensões e expectativas de educadores sobre saúde mental de crianças e adolescentes. Cadernos Brasileiros de Saúde Mental, 12 (31), 166-192. Acesso em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/cbsm/article/view/69758
Tavares, J. de N. (2021). O cuidado psicossocial no campo da saúde mental infantojuvenil: desconstruindo saberes e reinventando saúde. Saúde em Debate [online]. 44(127), 1176-1188. https://doi.org/10.1590/0103-1104202012717
Teixeira, M. R., Couto, M. C. V. & Delgado, P. G. G. (2017). Atenção Básica e cuidado colaborativo na atenção psicossocial de crianças e adolescentes: facilitadores e barreiras. Ciência & Saúde Coletiva [online], 22(6), 1933-1942. https://doi.org/10.1590/1413-81232017226.06892016
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Psicologia e Saúde em debate
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by-nc-nd/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Os autores declaram que participaram na elaboração do manuscrito em questão, e que o citado manuscrito é original e não foi previamente publicado em parte ou no todo e que nenhum outro manuscrito similar sob autoria dos mesmos está publicado ou em análise por outro periódico seja impresso ou eletrônico. Declaram ainda, que não violaram nem infringiram nenhum copyright ou nenhum outro tipo de direito de propriedade de outras pessoas, e que todas as citações no texto são fatos verdadeiros ou baseados em pesquisas de exatidão cientificamente considerável. Os autores comprometem, quando solicitado, a fornecer informações aos editores a respeito dos dados deste manuscrito.
A revista segue o padrão Creative Commons (BY NC ND), que permite o remixe, adaptação e criação de obras derivadas do original, mesmo para fins comerciais. As novas obras devem conter menção ao(s) autor(es) nos créditos. O site utiliza o Open Journal Systems, sistema de código livre gratuito para a administração e a publicação de revistas desenvolvido com suporte e distribuição pelo Public Knowledge Project sob a licença GNU General Public License.