A INFLUÊNCIA DAS CAUSAS DAS LESÕES AUTOPROVOCADAS INTENCIONALMENTE NAS REGIÕES DO BRASIL EM 2015 E 2020
DOI:
https://doi.org/10.22289/2446-922X.V10N1A44Palavras-chave:
Suicídio, Saúde Pública, BrasilResumo
O suicídio é um problema crescente de saúde pública no Brasil, com padrões e causas de lesões autoprovocadas variando entre regiões e culturas locais. Este estudo analisa as causas das lesões autoprovocadas nas 27 unidades federativas do Brasil em 2015 e 2020. Utilizando dados do DATASUS, foram identificadas variáveis de lesões autoprovocadas intencionais, classificadas no grupo CID-10. As análises foram realizadas com os pacotes NeatMap e Psych, gerando mapas de calor e tabelas que permitem visualizar a distribuição e a intensidade dos casos ao longo dos anos. Os resultados indicam um aumento dos suicídios em 2020 comparado a 2015, influenciado pelo período pandêmico, durante o qual muitos casos não foram notificados, mas ainda assim houve um aumento. O enforcamento foi o método mais comum em ambos os anos, refletindo a fácil acessibilidade desse meio no cotidiano. Estados como São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul apresentaram maior associação com as variáveis estudadas, indicando uma preocupação regional que demanda políticas públicas específicas. O Rio de Janeiro destacou-se com um aumento significativo em lesões relacionadas a precipícios e lugares elevados em 2020, devido a fatores geográficos e culturais específicos do estado. Essas lesões estão associadas ao fácil acesso a áreas elevadas e à pressão social e econômica exacerbada durante a pandemia. Conclui-se que os padrões de lesões autoprovocadas mantiveram-se consistentes, com algumas variações regionais significativas. Esses resultados são cruciais para associar regiões e causas de lesões autoprovocadas, auxiliando no desenvolvimento de medidas preventivas futuras, como programas de apoio psicológico e intervenções comunitárias específicas para cada região.
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