A ANSIEDADE NO ADULTO E SUAS SEQUELAS PSICOLÓGICAS INFANTIS: Um diálogo entre terapias cognitivas e neurociências
DOI:
https://doi.org/10.22289/2446-922X.V10N1A38Palavras-chave:
Transtornos de ansiedade, Maus-Tratos Infantis, Inconsciente Psicológico, Psicologia do Desenvolvimento, Terapia Cognitivo-Comportamental, Terapia do EsquemaResumo
Com base nos contínuos desenvolvimentos das Terapias Cognitivas, juntamente com o aporte da Neurociência, a presente pesquisa teve por objetivos evidenciar a influência dos impactos psicológicos da infância dos participantes no desenvolvimento de predisposições ansiosas em suas fases adultas, assim como identificar a existência de possíveis abalos psicológicos em relação aos seus cuidadores, ou núcleos familiares, e possíveis experiências negativas vividas nos ambientes escolares. Os métodos de investigação foram o corte transversal para obtenção de dados, sendo a pesquisa exploratória e descritiva, quantitativa e qualitativa, com amostragem aleatória simples para 260 participantes com faixas etárias entre 25 e 45 anos. Mediante o desenvolvimento e aplicação de um questionário temático acerca de estressores experienciados no período infantil, assim como a utilização da Escala de Ansiedade de Hamilton (HAM-A), foi possível verificar que para cada grau de ansiedade, isto é, normal, leve, moderado e grave, houve um número crescente de estressores infantis. Os participantes, portanto, com graus mais intensos de ansiedade vivenciaram mais situações estressoras na infância quando comparados aos participantes com níveis de ansiedade menos elevados. Assim, evidenciou-se a importância da preservação de interações humanas funcionais nos núcleos familiares e instituições de ensino para o saudável desenvolvimento psicoemocional infantil e adulto.
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