ANÁLISE DO DESENVOLVIMENTO CONCEITUAL DO TEMA DO AUTISMO NA PSICANÁLISE
DOI:
https://doi.org/10.22289/2446-922X.V10N1A46Palavras-chave:
Autismo, Psicanálise, PsicopatologiaResumo
O presente artigo pretende levantar os aspectos da formulação do diagnóstico de autismo e identificar sua relação com a psicose, desde a psiquiatria clássica até o estatuto atual do tema. Para então, ser possível localizar a forma como se constituiu a problemática posta para o campo da psicanálise: o autismo seria uma estrutura própria ou um quadro associado à psicose? Sendo assim, a metodologia se fundamenta em uma revisão bibliográfica em referências clássicas e atuais, circunscritas ao campo da psiquiatria e da psicanálise, em direção ao objetivo proposto. Na pesquisa em autismo, identifica-se a necessidade da discussão em torno da presença do autismo na clínica contemporânea enquanto um contraventor da psicopatologia que tende a se enrijecer em terno de seus pressupostos balizadores. Mas que podem se colocar como limitantes à prática clínica. A questão que permanece é de que maneira os mecanismos de estabilização do autismo e da psicose podem ser comparados e a relevância desta comparação para a atualização da clínica psicanalítica.
Downloads
Referências
American Psychiatric Association. (1952). Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders. American Psychiatric Association.
American Psychiatric Association. (1968). Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (2nd ed) American Psychiatric Association.
American Psychiatric Association. (1980). Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (3th ed). American Pschiatric Association.
American Psychiatric Association. (1987). Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (3th ed, Revised). American Pschiatric Association.
American Psychiatric Association. (1994). Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (4th ed). American Pschiatric Association.
American Psychiatric Association. (2000). Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (4th ed, Text Revision). American Pschiatric Association.
American Psychiatric Association. (2014). DSM-5: Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (5ª ed). Artmed.
Arrivé, M. (1992). Linguistic and psychoanalysis. John Benjamins Publishing Company.
Artigas-Pallarès, J. & Paula, I. (2012) El autismo 70 años después de Leo Kanner y Hans Asperger. Rev. Asoc. Esp. Neuropsiquiatría. 32(115), p. 567-587. http://dx.doi.org/10.4321/S0211-57352012000300008.
Asperger, H. (2015a). Os psicopatas autistas na idade infantil (parte1). Rev. Latinoam. Psicopat. Fundamental de Psicopatologia Latinoamericana. 18(2), p. 314-338. https://doi.org/10.1590/1415-4714.2015v18n2p314.10.
Asperger, H. (2015b). Os psicopatas autistas na idade infantil (parte 2). Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, 18(3), p. 519-539. https://doi.org/10.1590/1415-4714.2015v18n3p519.8.
Asperger, H. (2015c). Os psicopatas autistas na idade infantil (parte 3). Revista Latinoamericana Psicopatologia Fundamental, 18(4), p. 704-727. https://doi.org/10.1590/1415-4714.2015v18n4p704.8.
Bialer, M. (2015). A escrita terapêutica no autismo. Revista Latinoamericana Psicopatologia Fundamental, 18(2), p. 221-233. https://doi.org/10.1590/1415-4714.2015v18n2p221.3.
Bleuler, E. (1950). Dementia preacox or the group of schizophrenias. International University Press.
Drapier, J-, P. (2012). Autismo: estrutura ou superestrutura? A Peste - Revista de Psicanálise e Sociedade e Filosofia, 4(1), p. 37-53, jan./jun. 2012. https://doi.org/10.5546/peste.v4i1.22104.
Ferreira, N. P. (2002) Jacques Lacan: apropriação e subversão da linguística. Ágora, 5(1), p. 113-132, 2002. https://doi.org/10.1590/S1516-14982002000100009.
Freud, S. (1905/2016). Três ensaios sobre a teoria da sexualidade. In: Freud, S. Obras completas, volume 6: três ensaios sobre a teoria da sexualidade, análise fragmentária de uma histeria (“O caso Dora”) e outros textos (1901-1905). Companhia das Letras.
_______________. (1911/2019). Notas psicanalíticas sobre um relato autobiográfico de um caso de paranoia (dementia paranoides). In: Freud, S. Edição Standard Brasileira das Obras Completas de Sigmund Freud, volume XII: O caso Schreber, artigos sobre a técnica e outros trabalhos. Imago.
_______________. (1914/2019). Sobre o narcisismo: uma introdução. In: Freud, S. Edição Standard Brasileira das Obras Completas de Sigmund Freud, volume XIV: A história do movimento psicanalítico, artigos sobre a metapsicologia e outros trabalhos. Imago.
_______________. Introduction (1921). In: Varendonck, J. The psychology of day-dreams. George Allen & Unwin LTD.
_______________. (1953/1998). Função e campo da fala e da linguagem em psicanálise. In: Lacan, J. Escritos. Jorge Zahar.
_______________. (1957/1998). A instância da letra no inconsciente ou a razão desde Freud. In: Lacan, J. Escritos. Jorge Zahar.
Guareski, T. & Naujorks, M. (2016). A educação do garoto selvagem de Aveyron e a proposta contemporânea de escolarização de alunos com transtorno do espectro autista: possibilidades de leitura. Revista Educação Especial, 26(56), p. 609-620. http://dx.doi.org/10.5902/1984686X.
Kanner, L. (1943). Autistic disturbances of affective contact. Nervous Child, 2, p. 217-250. Recuperado de https://psycnet.apa.org/record/1943-03624-001.
Lacan, J. (1953-1954/1986). O Seminário, livro 1. Os escritos técnicos de Freud. Jorge Zahar.
_______________. (1964/1988). O Seminário, livro 11: Os quatro conceitos fundamentais da psicanálise. Jorge Zahar.
Laurent, E. (2014). A Batalha do Autismo: da clínica à política. Zahar.
Lefort, R & Lefort, R. (2017). A Distinção do Autismo. Relicário Edições.
Lima, C. H.; Lopes, A. F. P. (2019). A elaboração conceitual da teoria freudiana do desencadeamento e estabilização. Revista Subjetividade, 19(3), p. 1-11. http://dx.doi.org/10.5020/23590777.rs.v19i3.e7370.
Maleval, J-, C. (2017). O Autista e a Sua Voz. Blucher.
Maleval, J-, C. (2010). O que existe de constante no autismo? CliniCAPS, 4(11). <http://www.clinicaps.com.br/clinicaps_revista_11_art_01.html>.
_______________. (2015). Por que a hipótese de uma estrutura autística? Opção Lacaniana, 6(18). <http://www.opcaolacaniana.com.br/nranterior/numero18/index.html>.
_______________. (2018). Da estrutura autista. Revista aSEPHallus de Orientação Lacaniana, 13(26), p. 4-38. Recuperado de http://www.isepol.com/asephallus/numero_26/pdf/2_conferencia_jean_claude_maleval_portugues.pdf. Acesso em: 10 mai. 2020. ISSN 1809-709X
Marfinati, A. & Abrao, J. (2014). Um percurso pela psiquiatria infantil: dos antecedentes históricos à origem do conceito de autismo. Estilos clinicos, 19(2), p. 244-262. http://dx.doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v19i2p244-262.
Marques, D. F. & Bosa, C. A. (2015). Protocolo de avaliação de crianças com autismo: evidências de validade de critério. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 31(1), 43-51. https://doi.org/10.1590/0102-37722015011085043051.
Pereira, M. (2007). Griesinger e as bases da "Primeira psiquiatria biológica". Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, 10(4), p. 685-691. http://dx.doi.org/10.1590/S1415-47142007000400010.
Presidência da República do Brasil (2012). “Lei Nº 12.764/2012”. Diário Oficial da União Seção 1, n. 250 (dezembro). Recuperado de http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12764.htm.
Vallejos, E. & Tosta, R, M. (2019). Vicissitudes do debate etiológico sobre o autismo: leituras a partir da psicanálise lacaniana. Psicologia Revista, 28(2), p. 486-511. https://doi.org/10.23925/2594-3871.2019v28i2p486-511.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Psicologia e Saúde em debate
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by-nc-nd/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Os autores declaram que participaram na elaboração do manuscrito em questão, e que o citado manuscrito é original e não foi previamente publicado em parte ou no todo e que nenhum outro manuscrito similar sob autoria dos mesmos está publicado ou em análise por outro periódico seja impresso ou eletrônico. Declaram ainda, que não violaram nem infringiram nenhum copyright ou nenhum outro tipo de direito de propriedade de outras pessoas, e que todas as citações no texto são fatos verdadeiros ou baseados em pesquisas de exatidão cientificamente considerável. Os autores comprometem, quando solicitado, a fornecer informações aos editores a respeito dos dados deste manuscrito.
A revista segue o padrão Creative Commons (BY NC ND), que permite o remixe, adaptação e criação de obras derivadas do original, mesmo para fins comerciais. As novas obras devem conter menção ao(s) autor(es) nos créditos. O site utiliza o Open Journal Systems, sistema de código livre gratuito para a administração e a publicação de revistas desenvolvido com suporte e distribuição pelo Public Knowledge Project sob a licença GNU General Public License.