Síndrome de Burnout em docentes
Palavras-chave:
-Resumo
Introdução: A atividade laboral possui uma importante função na construção da identidade do ser humano. Contudo, nos últimos anos, pós revolução industrial, tem se evidenciado nos trabalhadores um adoecimento de origem intrínseca ao contexto do trabalho. Tal adoecimento recebe o nome de Síndrome de Burnout (SB) e é caraterizado pelo estresse crônico oriundo do cotidiano do trabalho, especificamente quando neste há excessiva pressão, conflitos, baixos índices de reconhecimento e recompensa emocional. A síndrome se intensifica, podendo apresentar insônia, úlcera, cefaleia, tensão, fadiga crônica, ansiedade, depressão, drogadição, uso excessivo de tranquilizantes. Estes sintomas, podem contribuir para o surgimento de conflitos conjugais/relacionais, ou até mesmo levar o indivíduo ao suicídio. Destarte, a SB vem sendo estuda em professores, por se tratar de uma profissão que ajuda diretamente outras pessoas por um longo período de tempo, com grande interação atencional e alto envolvimento emocional. As consequências da síndrome em professores se manifestam, no baixo desempenho no trabalho, pouca interação com alunos, agressividade com pais dos dicentes e funcionários da escola devido o estresse, além de avaliarem negativamente a profissão e o futuro. Com isso, se faz importante avaliar a SB, sendo uma preocupação de saúde pública, qualidade de vida e impacto na economia, visto que este adoecimento acarreta ainda absenteísmo, alto nível de turnolver e baixa produtividade e qualidade. Objetivo: O presente trabalho busca avaliar de maneira crítica o estudo de Mary Sandra Carlotto em “Síndrome de Burnout: O estresse ocupacional do professor”. Metodologia: Este trabalho se trata de uma revisão de literatura, onde Carlotto realizou um apanhado das produções mais relevantes sobre o assunto até o ano de 2010, objetivando condensar os estudos de maneira a favorecer pesquisas futuras. Considerações: A autora constatou que no Brasil a maioria das produções vem da região sul, não sendo ainda um tema amplamente estudado no pais. Os resultados encontrados apresentam discrepância, sugerindo insuficiência. Tal acontecimento é apontado pela autora como sendo provável consequência de uma não estruturação psicométrica padronizada para a coleta de dados mais relevantes na avaliação desta síndrome. Ao passo que os instrumentos psicométricos são poucos, os médicos brasileiros demonstram pouco domínio de conhecimentos referentes a diagnósticos de SB, algo que pode prejudicar o desenvolvimento adequado no tratamento. Portanto, se faz fundamental que mais estudos sejam realizados, tendo como base uma metodologia padronizada, visando produzir material consistente, que sustentem medidas de prevenção e modelos de tratamento mais efetivos.
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