MULHERES EM CENA: o feminino na contemporaneidade
Palavras-chave:
-Resumo
Introdução: O feminino é um conceito atribuído aos seres que nascem com o sexo e funções reprodutoras biológicas de fêmea. Dessa maneira, se diferencia do masculino, simplesmente por questões naturais. Considerando-se que a sociedade se articula ao longo de seu desenvolvimento para a instauração da necessidade em demarcar essas diferenças, é proposta uma lógica por intermédio da conformação do que é o corpo feminino e o que é ser mulher, atribuída a ideia de feminilidade. Entende-se que a feminilidade é uma construção social que perdura durante séculos, com o intuito de se estabelecer o que é ser mulher em diferentes contextos. Objetivo: Refletir acerca do feminino na contemporaneidade. Metodologia: Desse modo, o tratasse de um estudo qualitativo narrativo a partir da revisão de literatura acerca da temática do feminino na contempraneidade. Foram escolhidos estudos que públicados nos últimos 10 anos, bem como a leitura de Simone de Beauvoir. Considerações: É possível identificar que ocorreram diversas modulações, por meio de questionamentos e rompimentos com essas atribuições sociais. Entretanto, o discurso dominante que permeia disciplinando a mulher desde a mais tenra infância em práticas corporais de gênero, que são encaradas como natural ou própria à feminilidade, quando na verdade são frutos de uma construção social sustentada ao longo da história por discursos culturais. Na contemporaneidade, acredita-se que a mulher tem dado vasão a mais lugares, se empoderando e travando lutas sobre seus direitos, porem existe uma narrativa para a mulher sobre seus próprios desejos, agregando ainda sua aparência como marca determinante de feminilidade, o que gera um paradoxo entre o que é ser feminina e o que de fato é ser mulher. Sendo importante considerar que a mulher esta cada dia mais avançando, seja no mercado de trabalho, no enfrentamente diante de situações historicamente estabelecidas e sustentadas por nossa cultura. Mas a mulher feminina contemporânea ainda tem muito o que enfrentar, na perspectiva de demarcar o seu lugar e não em perpetuar um paradigma já estabelecido e repercuti-lo. Como Simone de Beauvoir afirma “não se nasce mulher: torna-se mulher” atenta ao fato de que as mulheres são ensinadas, desde a infância, a cumprir um papel puramente social de submissão, de feminilidade, autocuidado, preservação e doação. Vivemos uma era em que acredita-se ter obtido muitas revoluções e conquistas, entretanto qual o lugar dessa mulher, ela tem que seguir um padrão de beleza preestabelecido, cuidar da casa, ser mãe, trabalhar e exercer tantos papeis a ela atribuído, ou ela pode modificar tudo e se reinventar não enquanto o gênero mas enquanto ser humano. Esse é o questionamento que motiva a seguir com a pesquisa a fim de construir caminhos e possibilidades para não determinar algo e sim amplia-lo.
Downloads
Referências
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2019 Psicologia e Saúde em debate
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Os autores declaram que participaram na elaboração do manuscrito em questão, e que o citado manuscrito é original e não foi previamente publicado em parte ou no todo e que nenhum outro manuscrito similar sob autoria dos mesmos está publicado ou em análise por outro periódico seja impresso ou eletrônico. Declaram ainda, que não violaram nem infringiram nenhum copyright ou nenhum outro tipo de direito de propriedade de outras pessoas, e que todas as citações no texto são fatos verdadeiros ou baseados em pesquisas de exatidão cientificamente considerável. Os autores comprometem, quando solicitado, a fornecer informações aos editores a respeito dos dados deste manuscrito.
A revista segue o padrão Creative Commons (BY NC ND), que permite o remixe, adaptação e criação de obras derivadas do original, mesmo para fins comerciais. As novas obras devem conter menção ao(s) autor(es) nos créditos. O site utiliza o Open Journal Systems, sistema de código livre gratuito para a administração e a publicação de revistas desenvolvido com suporte e distribuição pelo Public Knowledge Project sob a licença GNU General Public License.