OBSERVANDO O COTIDIANO DE MULHERES PROSTITUAS NUM CONTEXTO URBANO RELACIONADO A VIDA SOCIAL

Autores

  • Ricardo Pereira de Sousa Faculdade Patos de Minas
  • Gilmar Antoniassi Junior Faculdade Patos de Minas

DOI:

https://doi.org/10.22289/2446-922X.V5N2A4

Palavras-chave:

Mulheres, Prostituição, Contexto Social, Cidade

Resumo

O objetivo do estudo é de explorar as diferentes cenas das relações de vida social por mulheres prostitutas narrando as observações a partir do contexto urbano da prostituição e os modos de vida que vivem na sociedade. Trata-se de uma pesquisa narrativa do tipo observador participante e casos observacionais de natureza qualitativa que se utilizou do método photovoice para produzir a descrição e reflexão acerca do cotidiano urbano das cenas vividas por mulheres prostitutas por intermédio de casos observacionais. O estudo foi realizado em uma Cidade do interior do estado de Minas Gerais, Brasil, de Médio Porte; com a participação de duas mulheres de programa. Como instrumento de coleta dados utilizou de Encontros para visitas e observação do contexto e ambiente onde estas mulheres se prostituem. Para a análise dos dados, levou-se em conta as observações e relatos produzidos por meio dos procedimentos de pesquisa, para as análises qualitativas utilizaram-se da análise temática. A pesquisa atendeu-se aos princípios éticos sendo aprovada através do CAEE: 80741917.2.0000.8078 sob parecer número 3.543.700. Diante deste estudo, no tocante ao envolvimento direto com as participantes no seu dia-a-dia de atividade de trabalho no decorrer dos encontros, possibilitou compreender a luta que estas mulheres vivem e suas potências de vida, além das estratégias de enfrentamento frente os diferentes contextos que elas vivem. Os resultados ainda evidenciam que mesmo com as adversidades e o fato de estarem envolvidas com a prostituição, estas mulheres buscam manter uma vida social “normal” aos olhos da sociedade, mantendo a família afastada do preconceito diante sua rotina de trabalho. Encarando a prostituição como uma atividade laboral como outra qualquer.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Bonifácio, D. P. & Tilio, R. (2016). Mulheres profissionais do sexo e o consumo excessivo de álcool. Cadernos de Psicologia Social do Trabalho, 19(1), 29-44.

Brandão, D. A. L., Silva, L. de A. M., Oliveira, A. J. de & Antoniassi Júnior, G. (2018). Convívio Entre Mães e Filhos e a iniciação ao Uso de Drogas. Id on Line Rev.Mult. Psic., 40(12), 512-526.

Brandolt, C. R. & Serpa, M. G. (2015) A gente dança, a gente faz sexo, a gente conversa, a gente dá conselho”: um estudo sobre envelhecimento em prostitutas de meia-idade. Disciplinarum Scientia, Série: Ciências Humanas, 1 (16), 109-122.

Brasil. Ministério do Trabalho. (2002). CBO - Classificação Brasileira de Ocupações. Recuperado de http://www.mtecbo.gov.br/cbosite/pages/saibaMais.jsf

Carlson, E. D., Engebretson, J. & Chamberlain, R. M. (2006). Photovoice as a Social Process of Critical Consciousness. Qualitative Health Research, 16 (6), 836-852.

Ceccarelli, P. R. (2008). Prostituição – Corpo como mercadoria. Mente & Cérebro – Sexo, (4a ed.).

Código penal. (2018). (9ª a ed.). Código 3 em 1. Editora Saraiva.

Dias, S. & Gama, A. (2014). Investigação participativa baseada na comunidade em saúde pública: potencialidades e desafios. Revista Panamericana de Salud Pública, 35 (2), 150- 154.

Feijó, M. E. V & Pereira, J. B. (2014) Prostituição e preconceito: uma análise do projeto de lei gabriela leite e a violação da dignidade da pessoa humana. Cadernos de graduação, 1(2), 39-57.

Figueiredo, R., & Peixoto, M. (2010). Profissionais do sexo e vulnerabilidade. BIS. Boletim do Instituto de Saúde (Impresso), 12(2), 196-201.

França, G. V. (2012) Prostituição: um enfoque políticosocial. Rio de Janeiro: Femina, 22 (2), 145-148.

Handcock, M. S. & Gile, K. J. (2011). On the Concept of Snowball Sampling. Sociological Methodology, 41 (1), 367-371.

Hossne, W. S. (1984). Metodologia Científica: para a área da saúde. São Paulo, Unicamp.

Instituto Brasileiro De Geografia e Estatística [IBGE]. (2019) Censo Indicadores Municipais. Recuperado em 15 de maio de 2019, de <https://cidades.ibge.gov.br/brasil/mg/patos-de-minas/pesquisa/23/25124>. Acesso em: 15 maio 2019.

Junior, G., Melo, H., Mendes, D., Silva, L., Oliveira, R. & Gaya, C. (2016). O uso de drogas por motoristas caminhoneiros e o comportamento de risco nas estradas. Revista Epidemiololiga Controle Infecção, 6(4), 158-162.

Marques, B.G. (2012) Photovoice: olhares de idosos sobre Políticas Públicas voltadas às atividades físicas (Dissertação de Mestrado) Universidade São Judas Tadeu, São Paulo, Brasil.

Minayo, M.C.S. (2014). O Desafio do Conhecimento: Pesquisa Qualitativa em Saúde. (10a ed). São Paulo: HUCITEC, 406 p.

Moreno, J. L. (2011) Psicodrama. 13a. ed. São Paulo: Cultrix.

Olbermann, J. V., Oliveira, L. P. & Oltramari, A. P. (2017). A Vida Imita a Arte ou a Arte Imita a Vida? Um Olhar Para o Desemprego e Suas Implicações na Vida do Indivíduo sob a Perspectiva da Ficção. Revista de Ciências da Administração, 19(49), 117-132.

Przybysz, J., & Silva, J. (2017). Espacialidades e interseccionalidades na vivência de mulheres prostitutas mães na cidade de Ponta Grossa-PR. GEOUSP Espaço E Tempo (Online), 21(2), 570-585.

Rodrigues, M. T. (2009). A prostituição no Brasil contemporâneo: um trabalho como outro qualquer? Revista Katálysis, 12(1), 68-76.

Sahagoff, A. P. (2015, outubro). Pesquisa narrativa: uma metodologia para compreender a experiência humana. Semana de Extensão, Pesquisa e Pós-Graduação - SEPesq Centro Universitário Ritter dos Reis, Uberlândia, Minas Gerais, Brasil, 11.

Soares, J. F., Santos, L. C., Cardoso, J. P., Neves, L. & Batista, E. C. (2015). A Prostituição Sob a Ótica das Profissionais do Sexo . Rolim de Moura: Rev. Saberes, 3 (2), 63-75.

Villela, W. V., & Monteiro, S. (2015). Gênero, estigma e saúde: reflexões a partir da prostituição, do aborto e do HIV/aids entre mulheres. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 24(3), 531-540.

Vinuto, J. (2014). A amostragem em bola de neve na pesquisa qualitativa: um debate em aberto. Campinas: Temáticas, 22 (44), 203-220.

Wang, C. C., Yi, W. K., Tao, Z. W. & Carovano, K. (1998). Photovoice as a participatory health promotion strategy. Health Promotion International,. 13 (1). p. 75-86.

Downloads

Publicado

26-12-2019

Como Citar

Sousa, R. P. de, & Antoniassi Junior, G. (2019). OBSERVANDO O COTIDIANO DE MULHERES PROSTITUAS NUM CONTEXTO URBANO RELACIONADO A VIDA SOCIAL. Psicologia E Saúde Em Debate, 5(2), 52–67. https://doi.org/10.22289/2446-922X.V5N2A4

Edição

Seção

Artigo original