EVIDÊNCIA DE CONSTRUTO E INVARIÂNCIA FATORIAL DA ESCALA DE ENGAJAMENTO NO TRABALHO EM DIFERENTES ORGANIZAÇÕES NO BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.22289/2446-922X.V6N1A6Palavras-chave:
Engajamento no Trabalho, Análise Exploratória, Análise ConfirmatóriaResumo
Na psicologia das organizações e do trabalho, o construto do engajamento no trabalho é compreendido como um estado psicológico ativo que relaciona as emoções como determinantes da satisfação e do prazer do trabalhador na dinâmica organizacional, conduzindo ao envolvimento e dedicação deste. No Brasil, poucos estudos vêm se preocupando com a verificação da qualidade e manutenção de uma medida de engajamento no trabalho em termos temporais. O presente estudo tem como objetivo avaliar a consistência e invariância da estrutura fatorial da escala de engajamento no trabalho. 569 trabalhadores distribuído em duas amostras distintas, com idades acima de 18 anos, 62 % do sexo feminino, 63% de empresa pública e renda econômica acima de 2.000,00 reais, responderam, através de um link enviado para o e-mail pessoal ou rede social, a escala de engajamento no trabalho e dados sociodemográficos. Observaram-se que, na análise exploratória e confirmatória, os indicadores psicométricos garantiram a consistência e invariância da estrutura bi-fatorial da medida de engajamento para o contexto organizacional. Essa escala não apenas corrobora a capacidade de avaliação do construto, mas também a perspectiva teórica abordada com trabalhadores, contribuindo para a auto-avaliação do papel profissional e a função organizacional do trabalhador na gestão de pessoas.
Downloads
Referências
Aselage, J. & Eisenberger, R. (2008). Perceived organizational support and psychological contracts: a theoretical integration. Journal of Organizational Behavior, 24, 491-509.
Associação nacional de pesquisa e pós-graduação em psicologia – ANPEPP (2011). Contribuições para a discussão das Resoluções CNS nº. 196/96 e CFP Nº 016/2000. Recuperado em 02 de Setembro de 2011, da WEB (página da WEB): http://www.anpepp.org.br/XIISimposio/Rel_ComissaoEticasobre_Res_CNS_e_CFP.pdf2000.
Aube.C., Rousseau.V., & Morin.E.M. (2007). Perceived organizational support and organizational commitment The moderating effect of locus of control and work autonomy. Journal of Managerial Psychology, 22 (5),479-495.
Bakker, A. B., Van Veldhoven, M., & Xanthopoulou, D. (2010). Beyond the demand-control model. Journal of Personnel Psychology, 9, 3-16.
Bakker, A. B., & A,lbrecht, S.L. (2018). Work engagement: current trends. Career Development International, 23(1), 4-11.
Bakker, A. B., & Leiter, M. P. (2010). Where to go from here: Integration and future research on work engagement. In A. B. Bakker (Ed.) & M. P. Leiter, Work engagement: A handbook of essential theory and research (pp. 181-196). New York, NY, US: Psychology Press. Recuperado de: https://tandfbis.s3.amazonaws.com/rt-media/pp/common/sample-chapters/9781841697369.pdf.
Bakker, A. B., Albrecht, S. L., & Leiter, M. P. (2011). Work engagement: Further reflections on the state of play. European Journal of Work and Organizational Psychology, 20(1), 74-88.
Bakker, A. B., Demerouti, E., & Xanthopoulou, D. (2012) How do engaged employees stay engaged. Ciencia & Trabajo, 14(1), 15-21.
Bakker, A. B., Hakanen, J. J., Demerouti, E., & Xanthopoulou, D. (2007). Job resources boost work engagement, particularly when job demands are high. Journal of educational psychology, 99(2), 274.
Bakker, Arnold B., Schaufeli, Wilmar. B., Leiter, Michael. P., & Taris, Toon W. (2008). Work engagement: An emerging concept in occupational health psychology. Work & Stress, 22(3),187-200.
Banihani, M., Lewis, P. & Syed, J. (2013). Is work engagement gendered? Gender in Management: An International Journal, 28(7), 400-423.
Burns, J. M. (1978). Leadership Harper & Row. New York.
Byrne, B. M. (1989). A primer of LISREL: Basic applications and programming for confirmatory factor analytic models. New York: Springer-Verlag.
Byrne, Z. S., & Hochwarter, W. A. (2008). Perceived organizational support and performance: Relationships across levels of organizational Cynicism . Journal of Managerial Psychology, 23(1), 54-72.
Chong, H., White, R. E., & Prybutok, V. (2001). Relationship among organizational support, JIT implementation, and performance. Industrial Management e data systems, 101 (6), 273-280.
Conselho Nacional de Saúde – CNS. (1996). Diretrizes e Normas Regulamentadoras de Pesquisas Envolvendo Seres Humanos. Recuperado em 02 de Setembro de 2011, da WEB (página da WEB): http://conselho.saude.gov.br/resolucoes/reso_96.htm.
Cunha, S. E. (1994). A noção de validade de testes psicológicos. Rio de Janeiro. CEPA.
Dancey C. P., & Reidy J. (2006). Estatística sem matemática para psicologia: usando SPSS para Windows. Porto Alegre: Artmed.
Dawley, D. D., Andrews, M. C., & Bucklew, N. S. (2008). Mentoring, supervisor support, and perceived organizational support: what matters most? Leadership & Organization Development Journal, 29 (3), 235-247.
Eisenberger, R. et al. (1986). Perceived organizational support. Journal of Applied Psychology, 72 (3), 500-507.
Etzioni, A. (1961). A Comparative Analysis of Complex Organizations: On Power, Involvement, and Their Correlates. Free Press of Glencoe, New York.
Formiga, N., Fleury, L. F. O., & Souza, M. A. (2014). Evidências de validade da escala de percepção de suporte organizacional em funcionários de empresa pública e privada. Estudos Interdisciplinares em Psicologia, 5(2), 60-76.
Griffin, B. (2015). Collective norms of engagement link to individual engagement. Journal of Managerial Psychology, 30(7), 847-860.
Hair, J. F., Tatham, R. L., Anderson, R. E., & Black, W. (2005). Análise Multivariada de dados. Porto Alegre: Bookman.
Hakanen, J. J., Bakker, A. B., & Demerouti, E. (2005). How dentists cope with their job demands and stay engaged: The moderating role of job resources. European journal of oral sciences, 113(6), 479-487.
Jawahar, I. M., & Hemmasi, P. (2006). Perceived organizational support for women’s advancement and turnover intentions: the mediating role of job and employer satisfaction. Women in Management Review, 21(8), 643-661.
Jöreskog, K. G., & Sörbom, D. (1989). LISREL 7 user's reference guide. Chicago: SPSS
Kanaane, R, (2011). Comportamento humano nas organizações: O homem rumo ao século XXI. São Paulo: Atlas. 2° edição.
Kelloway, E. K. (1998). Using LISREL for structural equation modeling: A researcher's guide. Thousand Oaks, CA: Sage Publications.
Kubota, K., Shimazu, A., Kawakami, N., Takahashi, M., Nakata, A., & Chaufeli, W. B. (2011). Distinción Empírica Entre Engagement y Trabajolismo en Enfermeras Hospitalarias de Japón: Efecto Sobre la Calidad del Sueño y el Desempeño Laboral. Ciencia & trabajo: C&T, 13 (41), 152.
Ledesma, R.D., & Valero-Mora, P. (2007). Determining the number of factors to retain in EFA: An easy-to-use computer program for carrying out parallel analysis. Practical Assessment, Research & Evaluation, 12(2).
Loehr, J., & Schwartz, T. (2003). The Power of Full Engagement: Managing Energy, Not Time, is the Key to Performance, Health and Happiness, The Free Press, New York, NY.
O’connor, B. P. (2000). Behavior Research Methods. Instruments & Computers, 32, 392-396.
Oliveira-Castro, G. A., Pilati, R., & Borges-Andrade, J. E. (1999). Percepção de suporte organizacional: desenvolvimento e validação de um questionário. Revista de Administração Contemporânea, 3 (2), 29-51.
Paschoal, T. (2008). Bem-estar no trabalho: relações com suporte organizacional, prioridades axiológicas e oportunidades de alcance de valores pessoais no trabalho (Tese de Doutorado). Universidade de Brasília, Brasília, Distrito Federal, Brasil.
Pasquali, L. (2011). Psicometria: Teoria dos testes na psicologia e na educação. Petrópolis: Vozes.
Richardson, H. A., Yang, J., Vanderberg, R. J., Dejoy, D. M., & Wilson, M. G. (2008). Perceived organizational support’s role in stressor-strain relationships. Journal of Managerial Psychology, 23 (7), 789-810.
Salanova, M., & Schaufeli, W. B. (2009). El engagement en el trabajo: cuando el trabajo se convierte en pasión. Alianza editorial.
Salanova, M., Schaufeli, W. B., Llorens, S., Peiro, J. M., & Grau, R. M. (2000). Desde el burnout al engagement:¿ una nueva perspectiva? Rev Psicol Trabajo Organ [Internet]. 2000 [2013 jul. 15]: 16; 117-34.
Schaufeli, W. B. (2012). Work Engagement: what do we know and where do we go? Romanian Journal of Applied Psychology, 14(1), 3-10.
Siqueira, M. M. M. et al. (2008). Medidas do comportamento organizacional. Porto Alegre: Artmed.
Spector, P. (2002). Psicologia nas organizações. São Paulo: Saraiva.
Tabachnick, B. G., & Fidell, L. S. (1996). Using multivariate statistics. Needham Heights, MA: Allyn & Bacon.
Tamayo, N., & Abbad, G. S. (2006). Autoconceito Profissional e Suporte à transferência e Impacto do treinamento no trabalho. Revista de Administração Contemporânea, 10(3), 09-28.
Torp, S., Grimsmo, A., Hagen, S., Duran, A., & Gudbergsson, B. (2012) Work engagement: a practical measure for workplace health promotion? Health Promotion International, 28(3), 387-396
Van De Vijver, F., & Leung, K. (1997). Methods and data analysis for cross-cultural research. Thousand Oaks, CA: Sage Publications.
Wagner III, J. A., & Hollenbeck, J. R. (2000). Comportamento organizacional: Criando vantagem competitiva. São Paulo: Saraiva.
Yasin Ghadi, M., Fernando, M., & Caputi, P. (2013). Transformational leadership and work engagement: The mediating effect of meaning in work. Leadership & Organization Development Journal, 34(6), 532-550, 2013.
Zanelli, J. C., Borges-Andrade, J. E., & Bastos, A. V. B. (2004). Psicologia, organizações e trabalho no Brasil. São Paulo: Artmed.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Psicologia e Saúde em debate
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Os autores declaram que participaram na elaboração do manuscrito em questão, e que o citado manuscrito é original e não foi previamente publicado em parte ou no todo e que nenhum outro manuscrito similar sob autoria dos mesmos está publicado ou em análise por outro periódico seja impresso ou eletrônico. Declaram ainda, que não violaram nem infringiram nenhum copyright ou nenhum outro tipo de direito de propriedade de outras pessoas, e que todas as citações no texto são fatos verdadeiros ou baseados em pesquisas de exatidão cientificamente considerável. Os autores comprometem, quando solicitado, a fornecer informações aos editores a respeito dos dados deste manuscrito.
A revista segue o padrão Creative Commons (BY NC ND), que permite o remixe, adaptação e criação de obras derivadas do original, mesmo para fins comerciais. As novas obras devem conter menção ao(s) autor(es) nos créditos. O site utiliza o Open Journal Systems, sistema de código livre gratuito para a administração e a publicação de revistas desenvolvido com suporte e distribuição pelo Public Knowledge Project sob a licença GNU General Public License.