CARACTERIZAÇÃO DE UMA AMOSTRA DE JOVENS E ADULTOS EM RELAÇÃO À PRÁTICA DE AUTOMEDICAÇÃO
DOI:
https://doi.org/10.22289/2446-922X.V6N2A27Palavras-chave:
Autocuidado, Uso de medicamentos, Abuso de substância, Inquéritos epidemiológicos, Saúde públicaResumo
A automedicação realizada de forma indiscriminada pode gerar inúmeras consequências, sendo um problema de saúde pública. Deste modo, objetivou-se avaliar a prática de automedicação de jovens e adultos. Tratou-se de um estudo descritivo, de corte transversal, com amostragem por conveniência de 184 participantes com idade entre 18 e 35 anos, submetidos a um instrumento de questões sobre variáveis sociodemográficas e relacionadas às práticas de automedicação, num período recordatório de 15 dias. Apresentou-se alta incidência do gênero feminino (80,4%) e de jovens com idade entre 18 a 25 anos (66,3%). Houve uma predominância (89,7%) de participantes que utilizaram medicamentos nos últimos 15 dias, sendo que a maioria (81,5%) fez o uso de algum medicamento sem prescrição médica. Os principais medicamentos consumidos foram analgésicos/antitérmicos (29,3%) e antialérgicos/anti-histamínicos (14,2%). Os principais sintomas foram dor de cabeça (27,4%) e alergia (13,7%), a prática foi motivada por ter sido tratado anteriormente com o mesmo medicamento para a mesma doença (55,6%). A população diz conhecer o medicamento consumido (84,7%) e os riscos da automedicação (84,8%), avaliando o conhecimento dos riscos como alto (35,3%) e tendo a bula (47,0%) como o meio mais utilizado para busca de informações. Pressupõe que a automedicação pode estar mais voltada a uma questão de conhecimento e autoconfiança e não a uma escassez de acesso ao sistema de saúde. Para futuros estudos, recomenda-se uma investigação sobre essa prática ser caracterizada como responsável ou indiscriminada, também avaliando de maneira mais aprofundada os primeiros contatos e fontes de indicações que os indivíduos praticantes possuem.
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