“NOVA POLÍCIA” E O PROCESSO INSTITUINTE: CONCEPÇÕES ACERCA DA INSERÇÃO DE MULHERES NO POLICIAMENTO PARANAENSE
DOI:
https://doi.org/10.22289/2446-922X.V5N1A11Palavras-chave:
Relações de Gênero, Análise Institucional, Instituição MilitarResumo
O trabalho aqui apresentado trata-se de um estudo teórico, cujo objetivo principal consistiu em realizar uma articulação entre a forma em que ocorreu a inserção de mulheres à Polícia Militar do estado do Paraná (PMPR), em meados de 1970, e as concepções teóricas de Gregório Baremblitt (2002) sobre a Análise Institucional, em especial compondo problematizações sobre os conceitos de processos por ele denominados instituídos e instituintes, dentro da linha teórica em questão. O presente trabalho se deu através de uma pesquisa exploratória, tomando como ponto de partida materiais selecionados conforme o objetivo, sendo estes materiais publicações oficiais e não oficiais referentes a inserção de mulheres na Polícia Militar do estado do Paraná, bem como a obra “Compêndio da Análise Institucional e outras correntes: teoria e prática” publicada por Baremblitt (2002). O estudo teórico também se enquadra no campo denominado Relações de Gênero, compreendendo uma análise de papéis sociais que são tidos como, historicamente, denominados para um gênero específico, como é o caso do homem e da mulher inseridos nas organizações da instituição Segurança Pública. Compreendeu-se a entrada de mulheres na organização Polícia Militar do Paraná como uma desconstrução de modelos pré-estabelecidos, visto que esta era tida como uma organização unicamente masculina, cujos trabalhos dos policiais deveriam ser executados apenas por profissionais do sexo masculino. Desta forma, modificaram-se algumas lógicas as quais estavam cristalizadas na mesma. Por outro lado, a reprodução de um discurso masculino dominante continua em evidência, propondo uma divisão de funções de gênero.
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